23 junho 2006

Pergunta que não quer calar...

A essência nunca muda? Mesmo? Até que ponto uma mudança na vida só atenua uma característica? Será que a essência se esvai com o tempo? Será que a gente ganha essência com o tempo??? Socorro, alguém me ajuda!!!!!








Não, eu não ando usando drogas... ;-)

22 junho 2006

Tomara-que-caia, peitos e homens...

- Xu, faz um favor. Te mandei umas fotos de uns vestidos que vi pra uma formatura e gostaria que você me dissesse de qual gostou mais. Pode ser?
- Um momento...
*espera*
- Viu?
- Vi sim.
- Então... de qual gostou mais?
- Bom, tem um vinho bonito, decotado na costas e com uns bagulhos na frente que deixam o peito bonito.
- Ah, o drapeado. É, é bonito sim. E os outros?
- O primeiro é horrível. Vamos combinar que flores só em vasos, né? E é tomara-que-caia, é horrível.
- Que que cê tem contra tomara-que-caia?
- É péssimo, achata os peitos, a não ser que você tenha peitos duros que nem noz.
- Mas se for bem costurado, estruturado e tals, fica bonito, não fica achatado.
- Fica sim, é horrível. Já prestou atenção no nome? Tomara-que-caia. Não combina tomara-que-caia e peitos, fala sério.
- Mas, ah, xu. Se tiver um bojo legal, sustentação...
- Vai virar um porta-copos! Aí você vai ter que prestar atenção a noite toda pros peitos não pularem do decote.
- Claro que não, xu!
- Claro que sim, eu passei a vida toda observando peitos, não combina. Tem um outro bege também que dá a impressão de que a qualquer momento os peitos vão estar no joelho. O azul tomara-que-caia é bonito, só falta umas alças pra ficar perfeito. Faz o vinho!
- O azul é o meu ideal, mas tomara-que-caia, pô. Tem que ter barriga negativa pra usar o vinho, pô. Não dá. E não gosto de decote nas costas.
- Fecha atrás, ué. E eu já disse, nenhuma mulher deveria usar tomara-que-caia.
- Mas aí descaracteriza todo o vestido.
- Faz o vinho.
- Mas e a barriga?
- Quando é a formatura?
- Em janeiro.
- Bom, faz 300 abdominais por dia até lá que a barriga vai estar no lugar.
- Affe, xu. Até lá eu penso em outro modelo...
- O vinho deixa os peitos bonitos. A minha solução é muito menos preguiçosa que a sua.
- Melhor pensar em outro modelo mesmo...






*Eu amo meus amigos homens e suas opiniões a respeito de roupa, juro. Xu, luv. Always. Até quando me manda fazer abdominais. ;-)

21 junho 2006

Mantra para os dias em que a vida não presta.

Você levanta se sentindo a mais miserável das pessoas, certo? A carapinha não pára de jeito nenhum, tem várias espinhas mutantes enormes no teu rosto... olha mais embaixo... putz... a barriga tá ali, sorrindo pra você, saliente e as pernas mais brancas que nunca, parecendo aquelas de cera que os romeiros entregam na igreja como agradecimento a graça alcançada. Como se não bastasse isso, você pensa na sua vida como um todo(claro, a gente tem essas idéias iluminadas quando tá em crise), e - putz! - é, sua vida não presta. Acha seu emprego medíocre, sua vida amorosa(quando existe) é caótica e ninguém te ama, a faculdade vai de mal a pior e sua vida social anda negativa. É, ninguém disse que seria fácil, mas se você conseguiu pensar tudo isso e não se matar, parabéns! Você é uma sobrevivente, praticamente uma fênix com a asa torta.
Aí, não contente, você pára e pensa que poderia ser pior(hum-hum...) e sorri. Não é tão ruim assim... Se olha no espelho de novo, ajeita o mega hair, passa um corretivo no rosto, coloca aquela blusinha que junta tudo no lugar e, bem, veste uma calça porque não dá pra mudar a cor das pernas num piscar de olhos. E vai trabalhar feliz, porque sim, seu emprego é bacana, semestre que vem você estuda e no final de semana tem festa. E, ah!, aquele carinha lindo vai estar lá. E até lá suas pernas ainda vão estar brancas, mas você, renascida, vai estar linda, feliz - sim, feliz! - e não conformada, porque no final das contas você aprendeu a olhar ao seu redor. E a vida é bela mesmo, embora às vezes ela se pareça mais com uma caixa de bombons de banana embolorados.

16 junho 2006

Eu, a Boca de sempre.... ( ? )

Maduguei como há muito eu não fazia... Acordei cedo, como há muito venho fazendo... Mas é cedinho mesmo: 6:10h. Horário que estabeleci para r[e]eparar o mundo...
Tem um sol tão luminoso aqui, que quase me cega... Por vezes penso se não estarei cega... Mas aqui é outro papo.
Fiquei com uma preguiça de sair da cama, e deixei as horas escorrerem pelos meus dedos, porque hoje só tenho uma vontade: a de nada fazer.
Mas tem telefone a tocar; gata a miar, filhas a reclamarem; vida pulsando e eu de olhos fechados. Não adianta, tenho que pular da cama, sair das minhas memórias, esquecer o interno perfeito, é tudo tão vívido ainda... Mas devo deixar as escamas diárias renovarem-se...
Olho por uma das janelas do meu quarto [que por sinal precisa[m] de limpeza, o horizonte está meio amarelado ( ?)] e tem um céu azul tão convidativo... E a imperfeição do concreto armado, meio cinza, meio chumbo, misturando-se entre as árvores... Espicho os olhos mais à direita e tá lá, o mar... Mas não arredo do sentimento primevo...
Mas a vontade mesmo sabe qual é? Dar uma dedada ao mundo... E foi o que fiz...
Ah, voltei para a cama, peguei meu livro de Joseph Conrad [que alterno com a leitura de dois outros livros sobre a História do Brasil, e um pouco de Hilda Hist

[De tanto te pensar, me veio a ilusão.
A mesma ilusão
Da égua que sorve a água pensando sorver a lua.
De te pensar me deito nas aguadas
E acredito luzir e estar atada
Ao fulgor do costado de um negro cavalo de cem luas.
De te sonhar, tenho nada,
Mas acredito em mim o ouro e o mundo.
De te amar, possuída de ossos e abismos
Acredito ter carne e vadiar
Ao redor dos teus cismos.
De nunca te tocar
Tocando os outros
Acredito ter mãos, acredito ter boca
Quando só tenho patas e focinho.
De muito desejar altura e eternidade
Me vem a fantasia de que Existo e Sou.
Quando sou nada: égua fantasmagórica
Sorvendo a lua n'água.]

que eu não sou só ferro, nem madeira... Sou feita de sonhos, desejos e brasas] e que se dane o mundo, e quem mais quiser....
É isso, Boca....
Sonhe!
Viva!
Realize!
Mas não desmantele outros mundos...
Dedadas? Sim...
Ei-la[s]:

13 junho 2006

Então, depois de muita tempestade, veio finalmente a calmaria. Nesse meio tempo eu aprendi a beber, deixei o meu cabelo crescer e decidi trabalhar. Com 22 anos, eu renasci de maneira dolorosa. Com 23 anos, eu aprendi a me divertir. E agora com 24 anos, eu realmente aprendi a dizer o que sinto. Sem me culpar, me sentir fraca ou alguma outra idiotice. Terminei meu processo de humanização. E sim, sou outra mulher. Paz, sucesso e felicidade sempre!