31 maio 2007

Pessoas que eu não entendo

Pessoas: juro!

A vida como ela é.

Seja legal.

Sorria sempre.

Seja educada.

Preste atenção em tudo que falam. Pelo menos finja.

Desconsidere comentários desnecessários.

Seja razoavelmente eficiente.

Seja política.

Desconsidere alfinetadas de qualquer espécie.

Aliás, desconsidere tudo e todos.

Volte-se para si.

Pense em biritas, praia, surfistas.

Não necessariamente surfistas.

Aquele rapaz.

Hum-hum.

Aquela música.

Sexo, drogas e rock.

Ok, você não usa drogas. Mas rock é sempre bom.

E ele é lindo, não é?

Você se sente feliz.

Sorria.

Tudo parece perfeito.

Pois é.

Volta pra vida, garota!

E tente não mandar ninguém pra puta que pariu depois da frustração de ver como a vida real é um saco.

29 maio 2007

A pior cantada de todos os tempos.

- Sua amiga disse que seu pai é ladrão...
- Ahn? Ladrão?
- É, ladrão.
- É, talvez ele seja sim. É, deve ser mesmo. Algum problema?
- Você não vai nem perguntar o porquê?
- Ahn... por quê?
- Porque ele roubou o brilho das estrelas do céu pra colocar nos seus olhos.
- Ah...
- Então? Gostou?
- Bonito... original...

Eu poderia ter ido dormir sem essa no sábado. Às vezes eu acho que tem um neon piscando na minha testa "Adooorooo gente monga e sem imaginação!", ou como diz uma amiga... "Ganhei meu ouvido na rifa!". O pior é você fazer cara de tédio e o cara não notar. Pior ainda é a pergunta final, eu dizer séria que achava original e o cara acreditar. Esse mundo está mesmo perdido. E eu ando precisando de um descarrego total... só atraio gente doida...

27 maio 2007

A horse with no name

E diante da curiosidade das pessoas, aquele cavalo vertia sangue pela boca e agonizava. A cada espasmo, mais pessoas se reuniam em volta dele, discutindo o que poderia ou não ser feito ou simplesmente observando seus últimos movimentos. Não conseguia relinchar, dar coices ou fazer qualquer outra coisa, só movia as patas e a cabeça na vã tentativa de sobreviver. E os abutres parados ali, observavam a exaustão e discutiam se era melhor sacrificá-lo ou se ainda era possível fazer alguma coisa; alguns fizeram daquilo uma espécie de espetáculo da natureza; uns outros pararam ali só para papear mesmo - desgraça sempre é motivo para conhecer pessoas, opinar - mesmo que não entenda lhufas do que está acontecendo. E enquanto as pessoas se voltavam para os seus umbigos e para sua natureza egocêntrica que não resolve nada, o cavalo fez seus últimos movimentos e se depediu do show. E as pessoas continuaram ali, conversando animadamente, umas rindo, umas indignadas. Ninguém percebeu quando o corpo sem vida do cavalo foi retirado dali - tinham coisa mais interessante para discutir, suas próprias vidas que agonizavam sem que eles percebessem.

26 maio 2007

Pequeno dicionário de expressões latinas da Mari e da Pri

Animus festandi: geralmente se apossa do nosso corpo nos finais de semana.

Animus mofandi: também conhecido como desanimus.

Animus bebendi: desculpa pra entornar o caneco e ficar mais louco que o Rafael do Polegar.

Animus comendi: fome, fome, fomeeee!

Animus praiandi: aparece a partir de setembro. Geralmente promove circuitos hippies undergrounds.

Animus putandi: aquele animus que as moças oferecidas geralmente têm de sobra.

Aberratio capilaris: qualquer carapinha medonha. Motivo para processar seu cabeleireiro.

Síndrome de urso polar

É sexta-feira. Até aí, beleza. O problema é que é noite de sexta-feira e eu estou em casa. Morta. Muito morta. Morrendo de frio e pensando que ali na cama deve estar muito melhor que aqui na frente do computador. Aliás, no calor, a tela colabora pra mais calor... já no frio, nem faz diferença. Meus dedos tão até duros pra digitar.

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Esse tempo me faz ter idéias fixas recorrentes de ir morar na beira da praia... ou em qualquer lugar que faça 25º ou mais durante o ano todo. Ficaria mega feliz de ter só blusinhas sem mangas e saias no guarda-roupa.

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Alguém roubou meu mojo, meu espírito baladeiro e tudo mais. Hoje eu me dei conta de que realmente tou imprestável pra tudo. Tinha festa pra ir, me chamaram pra sair... e eu aqui. Porque amanhã eu levanto cedo. Porque eu tou sem pique. Porque eu sou idiota também é um bom motivo. Mas nem consigo levantar a bunda da cadeira e da cama pra nada. Operando no modo casulo. É o ruim de ser bipolar... altos muito altos, baixos muito baixos. Viva o animus mofandi!

23 maio 2007

Total descontrol...

Sempre achei o mundo dos meninos muito mais interessante que o nosso, é fato. Mas nunca deixo de observar as meninas, independente da idade. E agora em específico, as neuroses de cada uma... um cabelo bonito, uma carreira legal, uma fé, mudar de religião ou não, um namorado, perder peso, auto-afirmação, como lidar com os filhos, manter um relacionamento. E é engraçado o tempo que a gente passa discutindo isso, acho um barato a capacidade que as mulheres têm de discutir umas com as outras sobre seus relacionamentos com elas mesmas. Aliás, mulher só não discute com o eu interior porque ele não responde com voz estridente, falando mil coisas diferentes ao mesmo tempo e o tal do eu interior geralmente não tem outros problemas pra colocar em pauta também, tipo... seu namorado é ciumento... e o meu que é meio relapso?
E a gente discute o tempo todo... como é que vai ser depois da faculdade? que produto uso pra hidratar o cabelo? e coisas assim, e os assuntos mudam muito rapidamente e todo mundo geralmente tem uma opinião sobre tudo, um conselho, ou conhece alguém que sabe sobre o assunto. E às vezes a gente vê umas neuroses sem cabimento... umas meninas super inteligentes preocupadas se sabem ou não alguma coisa... bonitas, mas botando tudo quanto é defeito possível em si mesmas. Às vezes eu acho que é da natureza da mulher um pouco de auto-sabotagem; às vezes acho que é só falta de espelho ou de terapia mesmo.
Mas é essa diversidade de opiniões, descontrols totais e neuroses que as tornam melhores. Mulheres. Porque não há nada melhor do que olhar um dia pro espelho e surtar; conversar com alguém e se sentir meio por fora. No final é isso que nos torna interessantes - a incorfomidade geralmente nos faz mudar pra melhor. É claro que às vezes choramos copiosamente porque o cabelo está com pontas duplas. Mas e daí? Sempre vai ter uma amiga que sabe de um produto bom pro cabelo. Ou a gente mesmo vai caçar um cabeleireiro que vai dotar nosso cabelo de sentido. E a vida vai continuar, vamos melhorando em tudo, aprendendo com o tempo, porrada ou experimentação. Tentativas, erros e acertos. E as fases vão passar e sempre surgirão questionamentos novos. Porque ter uma neurose só que durasse a vida inteira, seria muito entediante, vamos combinar...




*dedicado a todas as amigas. as meninas-mulheres que amo. as meninas-mulheres humanas, que se superam todos os dias.

Deus dará...

Uma chuva fina lá fora, aqui dentro um ambiente escuro, som alto, vozes e fumaça de cigarro. As pessoas estão discutindo assuntos cotidianos tão animadamente que até parece que trata-se de algo realmente interessante. Vapores saindo das panelas, um cheiro que remete à infância, mas não consigo identificar. Risos altos, um copo se estatelando no chão. Alguém acende a luz, outra pessoa pega uma vassoura e pá. Juntam-se os cacos, o cheiro gostoso desaparece. Alguém apaga o cigarro, todos silenciam. Se voltam para si mesmos. Alguém começa a contar algo engraçado, o gelo momentâneo se quebra. Ouve-se o barulho de alguém abrindo uma garrafa. Vinho para todos. Mais risos. Cheiros diferentes, agora identificáveis. Carne cozida. Legumes. Odeio legumes. Me perguntam como está o serviço. Chico Buarque tocando no antigo toca-discos. Diz que Deus dará... e se Deus não dar, como é que vai ficar, ó, nêga? Almoço quase pronto, barulho de talheres. Mesa posta, minha irmã aparece para almoçar enfiada no pijama. Meu pai resmunga alguma coisa. Mais vinho. Alguns risos e assuntos amenos durante a refeição. Sobremesa. Preguiça. Alguns se recolhem para sesta. Chuva fina lá fora, aqui dentro um ambiente escuro, vazio, cheio de louça e sem vida. E se Deus negar, ó, nêga, eu vou me indignar e chega...

19 maio 2007

Escolha

E ali, deitada, todas as suas frustrações passavam dançando e sorrindo para ela. Se impunham sobre o seu ser de maneira cruel, com todos os detalhes. Ela já não conseguia mais expressar qualquer tipo de emoção, o sangue no corpo era escasso demais para permitir esse tipo de luxo. E enquanto seus pulsos vertiam as últimas gotas de sangue, sentia sua vida indo... sentia a angústia de seu resquício de vida. Não teve nenhuma última visão reconfortante, pensou que talvez isso não fosse permitido aos suicidas e mudou de idéia, quis viver. Tentou se levantar, mas era tarde demais. Ninguém veio buscá-la, foi porque quis. Permanece vagando cegamente, angustiada, se esvaindo na medida do apodrecimento do próprio sangue. Vendo a vida alheia passar em todos os detalhes e cores, sem uma sua. Sem uma alma.

17 maio 2007

Enquanto isso, em Pós-Popeland...

Nada de novo. Por enquanto não vejo mudança alguma na cidade... algumas obras ainda continuam no Pós-Papa, o que é bom, a cidade tá uma gracinha, gente! Visitem! E passem em casa pra tomar um café, pelo menos!
A população ficou meio desgostosa com o baixo movimento, e quem comprou mercadoria, bem, tomou prejuízo.

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No mais, em Pós-Popeland... caiu um avião na Via Dutra e duas pessoas morreram! Eu vi os destroços logo após o acidente, mas achei que fosse produto da minha imaginação, mas não era.
Mais informações aqui, ó: http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u135417.shtml
E os pernilongos dengosos voltaram com tudo. Ou seja, depois que o Papa se foi, tudo pode acontecer...

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Eu tenho que comentar: tentar arrancar meu piercing com a minha lerdeza e ignorância dói muito mais que furar, acreditem. Como pessoa lesa que sou, todo dia esqueço e enrosco o piercing em algum lugar... aí meu nariz dói e dói. E eu passo 24 horas tomando cuidado. Aí esqueço de novo e ai!

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Descobri que gaguejo em 3 situações básicas: depressão, insegurança e nervoso. A fonoaudióloga da sis achava fascinante a gagueira. Porque claro... não é ela que fica empacada quando precisa dizer algo importante... affe.

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A gíria da semana é armar o pavão. Não me perguntem o que significa, ainda não entendi direito. Mas tem efeito. Como diria o autor: Vamo armar o pavão aê, Johnny!

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E claro, gente, não poderia de fazer um último comentário sobre o Papa: todo mundo teve seu momento Hebe Camargo e achou ele uma gracinha, gente!!! Só bons comentários a respeito do santo homem.

Meninos...

Eu amo vocês! Pensando bem, quase todos vocês, porque bem, alguns não daria nem se eu fosse a Madre Teresa. Eu não me canso de observá-los, admirá-los e em alguns casos... cobiçá-los (ninguém é de ferro, gente!). Gosto das opiniões, dos risos, das besteiras, até de algumas crises desnecessárias que vocês têm. Acho um barato quando esquecem que há mulheres no recinto ou simplesmente as tratam como se fosse um de vocês e falam coisas absurdas. Amo quando vocês dão colo quando a gente precisa, mesmo com enésimas intenções; quando ficam perdidos e procuram colo ou conselhos; quando abrem a porta do carro, oferecem a blusa num dia mega frio, dão a última bala; quando reparam um detalhe mínimo diferente que ninguém mais notou; quando não sabem o que dizer e ficam sem-graça e eu ficaria aqui babando em vocês eternamente. Mas nem tudo são flores, né?
Acho incrível a capacidade que alguns de vocês têm de foder o dia da gente em uma única palavra ou gesto; como conseguem ser incrivelmente arrogantes só porque tem um pouco a mais de cultura, poder, grana ou qualquer outra coisa besta; como alguns conseguem ser desnecessários full time (ultimamente convivo com pelo menos uns dois assim... affe!), como conseguem ser grosseiros do nada... fazer o que, né? Aposto que vocês também têm esses momentos com a gente... de amor e ódio. É assim mesmo... e assim mesmo, eu os amo. Alguns, incondicionalmente, alguns nem tanto. E aprendi alguma coisa com todos vocês que passaram, que estão passando e que vão passar pela minha vida. E é isso.

13 maio 2007

Popeland news!



E os 3 dias de Papa correram por aqui. O movimento foi bem menor que o esperado, estimava-se que 500 mil pessoas assistiriam a missa campal hoje de manhã, mas o número não passou de 150 mil pessoas - dia de movimento médio por aqui. Um dos motivos do baixo movimento ao que consta, foi o fato de a rede hoteleira estar cobrando preços altíssimos de ocasião - enfiando a faca mesmo. Em média, uma diária aqui custa 40 reais, num hotel bom, com café, almoço e janta - relativamente barato se você comparar com outras cidades turísticas. Se comparado com o poder aquisitivo dos turistas... bem, um preço regular, haja vista que o turismo aqui é baixa renda(devo ter comentado isso em post anterior). Bom, pelo que fiquei sabendo... havia hotéis cobrando 1200 reais o pacote dos 3 dias para 4 pessoas. Um absurdo. O resultado disso tudo: pouca gente e ponto para os romeiros. Que isso sirva de lição pra esse povo explorador, talvez um dia aprendam a tratar os turistas decentemente.

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Bom, a foto aí em cima foi tirada por mim hoje, no último passeio do Papa aqui. Aliás, ponto pra ele também. Particularmente, o achava um tanto antipático na tv. Ao vivo, mostrou o contrário - todas às vezes passou sorrindo e acenando para a população. Não tem o carisma do João Paulo II, mas é muito simpático. Como o trajeto dele era a rua do lado da rua de casa, tinha a oportunidade de vê-lo todas as vezes que andou pela cidade. Mas na verdade, só o vi na sexta, quando chegou e hoje, quando foi embora. Aconteceu uma coisa engraçada... na sexta-feira, minha mãe levou a máquina pra ver se conseguia tirar uma foto dele, só que quando ele passou, acenou na direção dela e ela em vez de tirar a foto, acenou de volta e quase derrubou a máquina na emoção.

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Outra coisa engraçada foi o mulherio em polvorosa pela quantidade de agentes federais, militares e afins. Dava a impressão às vezes que tinha mais polícia do que qualquer outra coisa aqui e a mulherada se esbaldou, tinha de tudo quanto é patente, pra tudo quanto é gosto.

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No mais, muitos repórteres de todos os lugares, entrevistando o povo daqui. A imprensa passou 3 dias plantada em frente ao Seminário Bom Jesus. Foi engraçado ver os repórteres espremidos entre o povo esperando o papamóvel.

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E agora, que ele já foi... o sossego retorna. Vidinha de sempre. De interior. Adoooroo.

11 maio 2007

Enquanto isso, em Popeland...

... meu Deus, a vida tá um tédio! Nada de assassinatos misteriosos, affairs loucos, acidentes, ou qualquer coisa que torne a vida menos monótona. Ultimamente ando de casa pro estágio, do estágio pra facul e da facul pra cama. E nos finais de semana... baladinha ou outra coisa e cama!

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Hoje eu desfiz a minha biblioteca itinerante com muita dor no coração. Explico: tinha juntado uma porção de livros e cadernos no banco de trás do carro. Não que eu leia, estude ou vá ler, mas ia com eles pra cima e pra baixo. E a preguiça de levar tudo pra dentro de casa? Ai.

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Depois de alisar o cabelo e colocar um piercing no nariz, não sei mais o que fazer. Mas ainda preciso de um up grade.

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SAUDADE ultramegaplusmaismaisadvantage da minha cara metade mais mal-humorada, ácida e meiga nas horas vagas. Amoooo você!!!!

10 maio 2007

Plantão...

... e em Popeland, um frio de matar qualquer um. Eu odeio esse tempo. O-d-e-i-o me vestir, olhar no espelho e enxergar a mamãe urso!
Mas, tudo pronto pro Papa. Mobilização nacional e ele enfim se encontra em São Paulo. Acompanhei pela tv a chegada dele. Não vi nada demais... pô, devia ser uma coisa mais superstar, sei lá. Papparazzis enlouquecidos e tal...

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E crushs que desaparecem misteriosamente!!! Coisas que só acontecem em Popeland too.
E eu virei crush de alguém que não tenho crush. Eternas cirandas. Viva a grapette!

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Adoro essa vida de estagiária semi-fucionária pública. Esse povo não pode ver um feriado que já emenda tudo. E todo mundo fica em ritmo de festa.

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Várias conversas com vários amigos que não conversava há algum tempinho. Meu, que saudade de outros tempos. Que saudade de andar grudada em bando.

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Tive mais um dos meus sonhos recorrentes com gravidez. E pra variar, estava abortando. É engraçado, penso em ter filhos e tal, é bacana a idéia de botar uns piás pra ralar nesse mundo cadelo. Mas sempre que sonho com isso, estou abortando naturalmente. Será que isso é um sinal? Ou será que vou ter um monte de filhos?? Acho bom arrumar um emprego público e estável bem logo. Nunca se sabe...

08 maio 2007

Rápidas

Pensando seriamente em deixar de ser sedentária. Fui pro estágio a pé e quase morri de falta de ar ao subir a ladeira. Mas, pra comemorar o feito (conseguir subir sem morrer), acendi um cigarro.

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E em Popeland, nada de novo. Palco montado, ritmo acelerado de obras finais. O caos na porta de casa... recapearam a rua toda. Umas amigas e eu andamos discutindo seriamente dia desses sobre o que fazer com o Papamóvel, na hipótese de conseguirmos roubá-lo. Furar um bloqueio policial, montar um aquário itinerante e fazer uma rave itinerante são algumas idéias. Aceitamos sugestões. Aliás, uma outra hipótese levantada é que, apesar de epidemia de dengue na cidade, o Papa está imune. O papamóvel é blindado.
E haverá lei seca na cidade na sexta-feira. Ou seja, água que passarinho não bebe... só se for benta. Nos meus delírios hereges... sempre sonhei em levar uma garrafinha com pinga pra ser benzida.

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Por que é que sempre que a gente presta atenção em alguém, essa pessoa some?? Affe.

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Ter o cabelo liso é algo que muda a vida das pessoas. Agora tenho um cabelo extremamente colaborativo. Acordar com o cabelo só um pouquinho bagunçado é o céu. Deus abençoe o inventor dos alisantes e afins.

06 maio 2007

O Papa tá na área

A minha querida e aprazível cidade está em polvorosa com a vinda do Papa Bento XVI, que é um acontecimento e tanto, diga-se de passagem. O comércio em geral vem se preparando para isso desde o meio do ano passado, mais ou menos - vários hotéis se modernizaram, arrumaram as fachadas, treinaram pessoal e tudo o mais, coisa que considero muito positiva para o turismo daqui, haja vista que nunca conheci ninguém que tivesse vindo à Aparecida e elogiasse qualquer tipo de serviço prestado na cidade. Do alto da minha pouca e porca experiência no comércio aparecidense, posso dizer que o que mais se faz aqui é explorar o pobre do romeiro. Atende-se mal, cobra-se caro e ponto. Claro que eu não posso generalizar e tenho que dizer que a mentalidade vem mudando muito discretamente há alguns anos, há bons avanços, até. Há 15-20 anos, o que mais se fazia era apinhar 10 pessoas em um quarto de hotel com banheiro coletivo no corredor, e era servida uma comidinha meia-boca nos restaurantes. Tudo bem que o preço nunca foi lá essas coisas de alto, mas convenhamos, alguém tratado em condições assim não volta nunca mais. Pelo menos eu não voltaria. Uma das justificativas era que os turistas que vêm pra cá, têm baixo poder aquisitivo. Mas de uns anos pra cá isso foi mudando. O romeiro que vem pra cá agora pode até não ter tanta instrução, mas tem tv, ou seja, alguma informação. Quer quarto com tv, banheiro e tudo que tem direito, nem que tenha que pagar um pouco mais caro - afinal de contas, alguns juntam dinheiro o ano inteiro pra poder viajar pra cá. Disso resultaram várias reformas em hotéis e restaurantes, melhoria no atendimento - mas está longe do ideal.

A cidade em si não tem muitos atrativos para o turista(na verdade, nem para quem mora aqui), fora o roteiro religioso. Há um ou outro barzinho e restaurante para se ir durante a noite, por exemplo. Não há danceterias, só uns forrós; o último cinema que ficava num parque de diversões aqui fechou há mais de ano(aliás, o parque também). Ou seja, quem vem a Aparecida geralmente se contenta com o passeio religioso e depois faz compras no Centro de Apoio, que é o "shopping dos romeiros", no comércio central e na feira instalada na Avenida Monumental - nesses três lugares se vende toda espécie de coisas - de santos a contrabando(a Polícia Federal que o diga). Basicamente é isso.

E do começo do ano pra cá, Aparecida foi do simples alvoroço pro estado de caos. Obras e mais obras na cidade, que vem melhorando visualmente de uns anos pra cá - justiça seja feita. Não sou bem informada a ponto de saber como andam as coisas politicamente, mas uma cidade turística tem que ter aparência e essa vem melhorando faz algum tempinho(claro que não sei a que preço). E de um mês pra cá, não há um morador que não esteja de saco cheio com a quantidade de obras - é gente trepada em poste pra trocar a luz da cidade, é calçada quebrada pra fazer calçadão, é rua impedida pra asfaltar, gente pintando sarjeta, faixa, muros... ou seja, moramos em um canteiro de obras. O que resulta nesse último mês em trânsito parado na cidade toda o dia todo. E o povo trabalhando sábado, domingo, feriado, a noite, na chuva, sol ou furacão em ritmo acelerado, já que agora falta menos de uma semana para o evento.

O comércio, como já disse, está se preparando para o movimento dos dias da visita do Papa, mas ninguém tem informações do que vai ou não funcionar quando ele estiver aqui. Ninguém sabe ao certo, por exemplo, se a feira vai funcionar, se o Centro de Apoio vai funcionar. Só se ouvem boatos. E por enquanto, fica por isso. Há receio de vir pouca gente, pois em 1980, quando o Papa João Paulo II visitou a cidade era esperada a vinda de uma quantidade x de pessoas e o comércio se preparou. No final das contas, o movimento foi pequeno e muita gente teve prejuízo, pois perdeu mercadoria, comida que havia estocado pra atender os romeiros.

Um outro ponto nesse caos todo é uma quase epidemia de dengue na cidade, porque claro, a situação sempre pode piorar um pouco. Havia 104 casos registrados até sexta-feira, faltando 4 apenas para uma epidemia. Disso resultou que essa semana, o pessoal da Sucen andou passando pelas casas dedetizando tudo(valeu, meninos, minha sinusite agradece!). Antes da Sucen, até a PM tinha participado de um esquema para prevenção da dengue nas casas.

Essa é só uma parte do que anda acontecendo por aqui, não citei o trabalho do exército e muitas outras coisas - é como se outra cidade estivesse se reerguendo só para a vinda do Papa. Até um conhecido abriu um bar que vai funcionar só por esses dias e o nome do bar, bem, é o título deste post. Há de tudo por aqui...

Não sei se isso tudo vai mudar muita coisa na cidade depois que o Papa for embora, não sou tão esperançosa assim e não tinha nascido quando o outro veio para constatar alguma coisa. Uma coisa eu sei - quero que isso acabe logo para poder voltar a morar na minha cidadezinha interiorana de sempre e ter sossego, já que moro bem no centro da cidade. Por enquanto, sou da opinião de que vai ser o caos nesse final de semana agora e logo depois vai voltar tudo a ser como era antes. Como não sou católica, realmente não vou me dar ao trabalho de sair daqui pra ver nada nem ninguém. Vou ficar só da minha janela, olhando. Aliás, o Papa vai passar numa rua aqui do lado, e tenho uma boa visão da janela de casa. Isso me basta por enquanto. Na verdade, estava até pensando em montar uma lojinha de ocasião aqui na frente... porque ninguém é ferro. E o Papa tá na área.

Kissing Peter Parker

E numa dessas noites insanas... eis que conheci Peter Parker. Sem super poderes, teias ou roupa colada. Na verdade, me parecia um tipo normal, não fosse um pouco a perturbação alcóolica e a camiseta com um desenho imitando Hello Kitty onde lia-se "Hello Titty!". Espirituoso, confesso. Com uns amigos loucos, que na hora me pareceram a Liga da Justiça, ou coisa parecida. No final, algumas palavras sem sentido trocadas, risos da Liga da Justiça, um leve incômodo da minha parte - só atraio gente maluca, e beijo. E o clima de Alice no país das maravilhas, ou seja... quem precisa de drogas?

Folclore

Nesse lance de já vi de tudo nessa vida, o mais engraçado são aquelas figuras folclóricas que a gente conhece. E em cada lugar diferente, uma figura diferente. Não uma figura qualquer, mas aquelas que se tornam lendas. Numa dessas saídas de sábado a noite conheci um cara que era performer, por assim dizer. Imitava todo tipo de cantor e dançava como o Ney Matogrosso. Segundo os amigos, ele já era uma lenda na cidade e em tudo quanto era festinha ele era presença garantida e a alegria da festa. Fazia coisas insanas, dançava, brincava, fazia strip e segundo reza a lenda, até tinha ganho uma aposta comendo uma barata. Na noite em que o conheci, ele ficou dançando e conversando junto com a turminha da qual eu fazia parte no bar e ficou me chamando a noite toda de chocolate com pimenta - em referência ao cabelo extremamente escorrido chanel com franja que eu estava usando na época. Um barato.

Tinha o Baiano do gás... eu devia ter uns 15 anos e uma turminha se reunia numa praça perto de casa, e ele todo dia aparecia lá pra conversar com a gente. E ele tava sempre mais louco que o Bozo. Um sarro. Tinha o espírito extremamente jovem e virava e mexia aparecia com um vira-lata magrinho na coleira, que era praticamente um cão guia, já que ele vivia cambaleando. Às vezes ele ficava bravo com o cachorro e ia discutindo com ele pela rua.

Mas o mais engraçado e gente boa de todos os loucos que já vi pela noite era o Seu Aracy. Era da época da pracinha também. Ele dizia que o nome dele era em homenagem à Aracy de Almeida. Uma das amigas era dona do restaurante que tinha nessa praça e sempre dava uma pinguinha pra ele. E ele, em agradecimento, cantava uma música pra gente. Sempre algo do Nelson Gonçalves, Altemar ou Aracy mesmo. E a gente sempre pedia bis, ele cantava outra, ganhava outra pinga, era aplaudido e acabava no meio da roda, conversando, contando causos, dando conselho pra gente não mexer com drogas e coisas assim. Devia ter uns 60 anos na época.

Tinha a Vó também... a conheço desde que eu tenho uns 12 anos, acho. Ela sempre parava umas amigas e eu quando a gente voltava do colégio e ficava conversando, falando pra gente não se envolver com os meninos, porque tudo que eles queriam era levar a gente pra cama e só. Conforme eu fui crescendo e encontrando ela pelas ruas, os conselhos foram mudando, falava pra estudar e esquecer esse lance de casar, que primeiro eu tinha que ser alguém... ultimamente, quando a vejo, ela só pede um real "Que é pra fazer um agradinho pra Vó...". Sempre que tenho grana, dou.

Às vezes eu fico pensando em como essas pessoas viveram e vivem, mas nunca concluo nada. O engraçado é que por mais que eles contem lances sofridos da vida, tão sempre sorrindo, de bom humor e sempre dizem coisas positivas. Acho que é bem aquele lance de que não importa o que aconteça, o show tem que continuar.

03 maio 2007

As velhas

Reunião na cantina da facul... o santuário nosso de todo dia. O trio feliz e contente discutindo ameninades, falando mal da vida alheia (fofoca é o sal da terra!) e relembrando algumas passagens doidas. Entre um assunto e outro, uma piadinha, um fato e a exclamação de uma de nós: - Bons tempos! Bons tempos!
É engraçado, sempre fui muito a favor de se fazer o que se quer quando se tem vontade, claro que resguardando alguns preceitos de moral e bons costumes, que é pra não virar zona. Mas tem uma coisa que meu pai sempre me disse e hoje, embora relativamente nova, dou razão. Ele sempre disse que a gente deve fazer o que tem vontade na hora que ela pinta... porque depois... bem, você pode até ter vontade e não vai ser a mesma coisa. E realmente não é.
Agora já não me parece tão divertido rolar bêbada na grama às 4 da manhã em frente ao fórum de Pindamonhangaba enquanto um amigo filmava e logo depois tirar foto com as amigas tão bêbadas quanto em frente ao mesmo, mas na época... foi libertador (e claro, tem o plus da narração do amigo sem noção na filmagem...).
Bons tempos, bons tempos!

Dos dias, gordinhas, tédio, sexo, drogas e pagodão aleatório.

Tem sido impossível manter algum tipo de meta em relação a esse espaço aqui. 15 posts é um número insignificante como meta, mas eu não consigo.
Preciso repaginar isso aqui, porque eu... bem, eu vivo em mutação.

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E ex é a palavra da vez. U - a - u ! Já deixei de achar há muito tempo que ex bom é ex morto, porque bem... sem eles nunca veríamos como ficamos melhores após eles. E eles, bem... eles geralmente embaragam.

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E sonhos insanos... com ex. Rá! Essa noite sonhei que discutia com meu ex sobre voltarmos ou não. Ele dizia pra mim que não voltaríamos, eu dizia que não queria porque a namorada dele estava grávida. Enfim, no sonho eu estava namorando outro e dizia pro ex que não gostava mais dele e a gente discutia porque somos mongos. Mas o engraçado é que eu me referia a namorada dele como "Gordinha". A gordinha isso, a gordinha aquilo. Viva a gordinha!
Toda mulher que já foi, que é, que acha que é ou qualquer coisa assim odeia ser chamada de gordinha. Eu acho tão perjorativo e repulsivo quanto fazer piada com o defeito físico de alguém, porque convenhamos... nenhuma gorda é bem resolvida a ponto de achar suuuper legal ser chamada de gordinha e afins. E eu já fui gorda, estou gordinha e tou dando um jeito nisso(ai, banhas deveriam queimar em combustão espontânea). O engraçado é que justamente por não gostar... nunca chamei ninguém de gorda... assim como também nunca chamei ninguém de manco, aleijado, etc. - ou seja - eu realmente estava num estado anormal no sonho.

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Lobos: ultimamente eu ando analisando muito as pessoas do sexo oposto. Já dizia algum tiozinho aí que o lobo perde o pêlo mas não perde o hábito. Só que bah... homem de meia idade que se acha o próprio Don Juan sempre me enojou. Ainda mais quando se disfarça de moço bonzinho, simples e etc.

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Sobre meninos bonitos: adoro sorriso de aparelho. A - dooo - rooo ! Adoro mais ainda não saber puxar papo e só sorrir com cara de babona.
Outra coisa... num há nada mais charmoso do que simplicidade. A - dooo - rooo também!

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Pagodões aleatórios: depois de muito tempo, resolvi e comprei logo um mp3 player. Agora vou poder ouvir minha coleção de pagodões e discos do Wando em qualquer lugar. Que os espíritos do rock chicoteiem minha alma baixa renda.

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O algum sexo negativo: pois é, nada a declarar.

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Trampo, estudo e jujubas azuis: o serviço é relativamente pouco, o salário é razoável, mas a diversão é sempre garantida. E cansa. Aí eu durmo feliz em algumas aulas. O futuro da OAB é negro, se depender dessa que humildemente escreve aqui.

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Drugs: no biritas at all.