26 março 2008

18 março 2008

Da série: coisas que me tornaram uma adulta estranha


1, 2, 3 e vamos lá...!




BOZO: sim, ele mesmo. Não tenho nada contra palhaços, que fique bem claro. Principalmente no que tange aos palhaços disfarçados de gente (vide política nacional e a nossa cara de humilde eleitorado de nariz vermelho). Mas o Bozo realmente teve grande influência nas minhas tardes solitárias assistindo TVS, junto com Papai Papudo e Vovó Mafalda (que anos depois descobri que na verdade, a vovó era vovô e pai da Beth Guzzo - tema e trauma para outro post).


Passei inúmeras tardes mascando chicletes ping-pong e competindo com os competidores da tv vendo quem fazia a bola maior, mas nunca ganhei nenhum prêmio. Aliás, só ganhei vários chicletes grudados no rosto e nos cabelos (dá-lhe gelo pra desgrudar!).



E na minha inocência de criança, nunca achei nada demais no programa dele. Hoje, parando pra pensar... era uma viagem, no estilo alice usava alucinógenos. Como é que a gente pode levar a sério um cara com essa roupa, cabelo e maquiagem? Ainda me lembro de um sonho recorrente da infância: várias pessoas com a cara maquiada usando um nariz vermelho. E elas riam o tempo todo, cantavam, dançavam. E logo depois se matavam num ritual quase macabro. Rindo - é claro, porque morra quem morrer, o show tem que continuar. E no mesmo sonho, logo após a matança, eu acordava vestida de Bozo, rodeada de várias outras pessoas vestidas de Bozo também. Sempre acordava desesperada. Não queria ser palhaça.


E assim eu cresci. E aqui estou. E há algum tempo atrás lembro de uma entrevista do Bozo no programa do João Gordo na MTV, ele dizia que depois do programa tinha se envolvido com drogas, chegou ao fundo do poço, mas deu a volta por cima. Não me lembro se ele disse que virou evangélico. Mas enfim... isso explica muita coisa e confirma a minha idéia de que era uma viagem. E bem no estilo criança com infância traumática- adulto problema, posso dizer que todos os meus problemas são culpa do Bozo. Ainda não consigo fazer bolas sem ficar com o rosto todo cheio de chiclete, nunca me recuperei da síndrome de nariz vermelho - às vezes as pessoas pensam que eu sou uma palhaça, e alucino com qualquer coisa aleatória e fico rindo que nem uma palhaça. Calma, gente! Eu não uso tóxicos.

Minha vida em quadros

Campo de trigo com corvos - Van Gogh

11 março 2008

Idas, vindas...

E eis que eu volto do mundo das trevas, praticamente. Geeente, enfiar o pé na jaca é o tipo de coisa que me esgota, suga todas as minhas energias (o que não é grande coisa, já que meu corpo vive em constante inércia...). Mas no final das contas a gente sempre sobrevive e ri das merdas que faz... depois que passa, é claro.

----

Além do meu neon que pisca pra gente desnecessária, estou começando a ficar atenta pra minha capacidade de atrair gente que conta uma mentira atrás da outra. Costumo brincar que um dos meus maiores defeitos é mentir compulsivamente, o que é mentira... sou adepta das crises de sinceridade deslavadas... enfim, eu me divirto. Porque apesar da cara de paisagem habitual e do jeito aéreo, eu amoooo pegar contradições. Cada um se diverte como pode...

----

Dilemas de Dona Flor: Um só é o ideal, mas dois é bom também. O problema é ter dois que não valem por um, um que vale por dois, ter dois e não ter nenhum. Eu acho que futuramente vou ser polígama. O foda é que devido a atual conjuntura política do mundo, a globalização e as todas essas outras modernidades aí é que... bem... capaz de ter que sustentar os três. Ou seja, antes de qualquer coisa, eu preciso de um emprego rentável e estável... ou melhor, é mais fácil eu conseguir algum tipo de financiamento paralelo e montar uma casa de tolerância com meia dúzia de meninos. É isso, vou aperfeiçoar a idéia.

----

E finalmente depois de passar o final do ano e todo o período de férias agoniada achando que tomei pau na faculdade... quinto ano. Uma loucura, gente. Tá acabando... formatura, OAB, tcc e o diabo. O fundão se forma. Às vezes noto uns olhares do tipo "meu, como é que essa menina vai se formar se fez turismo o curso todo?". Só me resta rir... eu também não sei o que tou fazendo lá mesmo...

----

Amigos, caros amigos... jóias. Não sei o que faria sem eles.