29 janeiro 2008

Montanha russa, perder o sono, cactos e animus perambulandis.

Definitivamente, eu ainda não estou preparada psicologicamente pra ter uma planta... consegui matar meus cactos! Fui reparar neles dia desses... todos secos, uma beleza. Isso me lembra no porque eu gosto de ganhar flores ou de dar flores pra mamis. Ela sempre cuida e elas ficam uma gracinha! Aí sim, amo flores, plantas e afins.

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Uma das coisas que tenho tentado fazer há algum tempo é viver no meio termo, mas a experiência me leva a crer que isso nunca vai se aplicar ao meu caso. Não gosto de emoções amenas, pessoas amenas, nada ameno - nessas fases geralmente parece que a vida não flui justamente porque meu espírito aquieta. Aí os dias correm sem cor, sabor, cheiro; as pessoas ao redor parecem não ter vida... parece que eu não tenho vida.
Já nas fases de curva de montanha russa... tudo vibra, meu paraíso pessoal se torna um inferno... mas tudo acontece. As melhores e as piores coisas. E eu fico perdida, muito perdida. Mas adooorooo!
Um amigo de longa data sempre me diz que sou uma boa pessoa, mas pareço meio perdida no mundo. Talvez seja isso. E na boa, não ando fazendo muita questão de me achar... só de viver.

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E desejos recorrentes desde sempre: levantar da cama, pegar o carro e sair sem destino. Mas nada a ver com aquele lance de ir parar num lugar onde ninguém te conhece e etc. Sair por sair, por ser livre. Por gostar de liberdade. E porque tem dias que é legal perder a referência de tudo. Abstrair, distrair. Ver por ver, sem sentir qualquer coisa.

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Outras coisas que me consomem: cor de cortina, se decoro meu bolo de niver com a noiva cadáver ou com a pantera cor-de-rosa, uma colcha bonitinha e um tom de base que disfarce minhas olheiras sem ficar pálida. E descobrir um perfume novo também. É. Acho que é isso.

Minha vida em quadrinhos


Não faço idéia de quem seja a fonte, peguei num álbum de orkut... mas realmente é pertinente.

24 janeiro 2008

E enquanto isso, em 2007...

- Eu tenho ar de quem precisa de coleira, disciplina, essas coisas?
- A priori, tem, sim. E cê sabe que cê precisa dum homem com pulso.

23 janeiro 2008

Heath

E Heath Ledger foi encontrado morto em seu apartamento. Especula-se que possa ter sido suicídio ou overdose. E tinha apenas 28 anos. Bonito, muito bonito, mas isso não vem ao caso.
Vendo este tipo de notícia e pensando que possa ser overdose, penso na sensação de imortalidade que a gente sempre tem quando faz merda. E no quanto ela ajuda o lado auto-destrutivo de cada um a se afundar cada vez mais... a sempre acelerar, tomar mais um trago, passar mais uma noite ao lado de um desconhecido, comprar mais um cd de sertanejo, fumar mais um baseado... sem pensar que talvez há um depois. Um depois como o da euforia alcóolica... aquela ressaca infernal, os flashbacks desordenados de coisas que talvez não tenham acontecido da maneira como você se lembra, a boca amarga e a constatação de que a vida continua a mesma vidinha de sempre.
Os ciclos costumam se repetir, a necessidade é sempre maior que os riscos que você corre. Aliás, como você é imortal, você não corre riscos. E tudo que te dizem realmente é bobagem porque você invariavelmente tem razão e sabe o que faz. E a sensação... ai!
Com a idade, experiência, terapia ou cansaço as pessoas vão se aquietando, perdendo o ímpeto. Se descobrem mortais de uma maneira ou de outra - quando o corpo começa a dar sinais de cansaço, quando alguém próximo morre... e é hora de criar juízo, de consertar, de se contentar com prazeres amenos.
Se é que foi overdose mesmo, Heath se perdeu no meio do caminho, pensou ser demasiadamente imortal. E essa é justamente a grande ironia... quando pensamos ser imortais, somos demasiadamente humanos - e erramos. Algumas vezes têm volta, outras não. E o grande barato é esse.

22 janeiro 2008

...

E conversando, o observador prestava atenção naquele espírito perdido. Os risos, a fala, a gesticulação e as variações de ânimo conforme os assuntos. Tentava adivinhar mil causas para aquele olhar parado repentino após um sorriso ou comentário. Naqueles segundos, devia pensar em alguma coisa, pois logo após fechava os olhos e voltava a sorrir. Reabria os olhos, e estes momentaneamente adquiriam um brilho singular que logo sumia. Mais um sorriso e novamente o olhar parado, distante.
Numa dessas tentativas de adivinhar, os olhos parados se voltaram para os olhos do observador, fixamente. A boca não sorriu, nem houve algum comentário ou movimento. O brilho voltou sem desaparecer. O observador se retraiu, percebendo que nada havia de perdido ali. Sucumbiu.

03 janeiro 2008

2008!!!!

Obaaaa!

Aviso aos navegantes: não, pra esse ano eu NÃO fiz nenhuma promessa tosca, não comi, joguei ou guardei sete sementes de qualquer planta/fruta/coisa-que-valha na carteira, não passei com roupa nova, muito menos com calcinha colorida pra atrair grana/bofe/paz/sorte/amor.
Mas meu ano começou com a corda toda, mamis no hospital e várias pendências... que eu já resolvi. E a mamis tá linda.
Eu ando sentindo uma vontade/necessidade imensa de escrever, mas não anda saindo nada que não seja pessimista/sarcástico/espírito-de-porco... ok, ok, é minha marca mais que registrada, mas eu não ia abrir o ano assim...
Só pra registrar: 2008 é o ano do rato, ou seja, esse ano eu vou ter muito queijo. E eu adooorooo queijo!
Então, como esse post era só pra abrir o ano mesmo... Que 2008 venha com tudo de bom!!!!

Muita paz, amor e queijadinha!

Porque sim, todo mundo mereceeeee!!!!