16 abril 2009

Deixa, deixa, deixa eu dizer o que penso dessa vida...

… preciso demais desabafar…


Você já se odiou por gostar de alguém?

Não, não… não estou me referindo à aquela raivinha que surge quando a gente descobre que o amorzinho estava numa festa com mais 532 oferecidas, sendo que tinha dito que ia ficar em casa porque estava com dor na ponta da orelha direita, e você para e pensa em como você é estúpida.

Estou falando de ódio mesmo, daquele tipo que corrói as entranhas. Beeem passional mesmo. O que faz você se sentir - além de estúpida- miserável, pequena e dependente do amorzinho. Independente de qual atitude ele tome, do que ele faça, do que ele te diga. Você simplesmente não deve gostar dele. Porque ele não presta, porque ele tem outra, porque ele existe, porque te faz sofrer. E você não merece.

Bom, nesse ponto você para e pensa que isso não é amor, é patológico. E eu não vou discordar. Cada um ama como aprende, ou como a situação convém ou qualquer outra explicação. Se é que tudo é explicável nessa vida louca.

Mas o que eu quero saber é… o que é que se faz nesse caso? Reza pra encontrar um outro alguém, pra esquecer o amorzinho, pra virar lésbica? Apela pra tudo que é santo, crença, simpatia? Permanece na situação… ou tem uma força sobrenatural e chuta o balde?

Confesso que nunca soube direito o que fazer, como lidar com isso. Sempre foi humano demais para que conseguisse lidar. Mas creio que o tempo se encarrega de nos dar um pouco de sabedoria ou coisa parecida para que consigamos superar. Acho que em determinado caso, consegui desmistificar o sentimento. Se é que isso é possível.

Consegui descobrir o motivo do ódio e exorcizar do meu jeito torto. E descobrir que convivência, dividir muita coisa, ter com quem contar, rir das mesmas coisas, ter o mesmo humor e outras afinidades não é amor. Por mais que haja desejo. Porque por mais que não tenha explicação, o amor são dois. E quando ocorre de ser um só, é masoquismo. E nada é eterno. Então surgem duas coisas: resignação e vida pedindo passagem. E lá vou eu de novo.



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