10 agosto 2006

Realidade

Naquele exato momento ela percebeu que ele era o número dela, o homem perfeito. Levantou da cama, vestiu-se e ficou observando ele dormir enquanto toda a história deles vinha em flashes na mente dela. A história dos dois era uma sucessão de acasos que por acaso também, deu certo. E agora ele estava ali, dormindo e sorrindo... com o que será que sonhava? Ela achou melhor não especular; deixou um bilhete no criado-mudo e saiu. Ia se arrepender de ter deixado o ideal, mas seria melhor, já que a vida faria sentido com ele. Era melhor viver errante do que ter a responsabilidade de manter a felicidade.

2 comentários:

  1. Te achei assim como se fosse uma "Álvares de Azevedo de saias". Algo sim como a concepção de que a felicidade é tão sublime que não merece – ou muito arriscada seria de – ser vivida e, justamente por isso, fica fadada à eterna contemplação melancólica.

    : T

    ResponderExcluir
  2. Anônimo12:42 AM

    O problema é que o criado-mudo, falou....

    ResponderExcluir