28 fevereiro 2006

25 fevereiro 2006

Ressaca

Toda vez em que acordo de ressaca juro que é a última vez. Há muito não bebia, no máximo fazia figuração com o copo, mas nessa noite tive aquela sensação muito boa de estar liberta. A cerveja realmente desceu como se fosse água, estava feliz, a companhia era pra lá de bacana - amigos muito queridos, o som e o ambiente perfeitos como coadjuvantes. Mais uma noite divertida pro rol.
Já a manhã seguinte... os olhos inchados, a boca amarga, o corpo dolorido pela má posição na cama, a sede insaciável. Não havia mais nenhuma liberdade, nenhuma espécia de sensação boa, só ela triunfando junto com o meu mau humor e sono. Me lembro de ter me arrastado da cama até o banheiro onde olhei no espelho e vi um rosto com expressão disforme, que não era a normal. Era a felicidade envelhecida, ressequida, amarga. Dei um sorriso cúmplice para aquela imagem e voltei pra cama. Apaguei.

22 fevereiro 2006

O ritual

Com a chegada dos tios da Argentina retomei o hábito, que tinha na infância quando passava horas do lado da vó tomando chimarrão, em uma cuia gigantesca que mal cabia em minhas mãos pequeninas.
O mate veio de lá. Cheiroso.
A água é nacional. Puro cloro, mas a mistura dá caldo bom.
Embora o bule não entre na história [a água quente deve ir pra térmica] dá uma seita maravilhosa. Ambos, seita e chimarrão, são digestivos.

...

A notícia é velha, mas é um bom motivo pra acordar na sarjeta com um cachorro ao lado... ;-)

http://noticias.uol.com.br/saude/ultnot/afp/ult613u200.jhtm

21 fevereiro 2006

Coisas estranhas sempre acontecem...

Fui pega no flagra por mim mesma e enrubesci como se uma platéia toda também tivesse flagrado. Estava prestando atenção nele com a curiosidade doentia dos voyeurs... mãos, braços, costas, nuca... quando dei por mim, estava olhando pro sorriso. Gelei. Queimei. E sim, quero ele pra mim.

Um sorriso é tudo...

ontem à noite enquanto esperava a minha vez de sacar uma grana no banco 24h, impaciente, cansada, ainda ia ao supermecado fazer compras, acompanhando uma música imaginária com o pé direito, braços cruzados sobre os seios, cara amarrada... Olhava pro rapaz que se encontrava diante da máquina e eu pensava: que cabra enrolado, ô sujeitinho mongo, que lerdo, que burro, tabacudo! E toda sorte de adjetivos pejorativos... A tal criatura já estava lá há mais de 15min... Há apenas 15 min. E pra mim parecia uma eternidade... Acho que ele ouviu meus pensamentos acerca da sua pessoa... Quando finalmente ele concluiu a operação, olhou-me com olhos límpidos, alma serena e o mais belo sorriso [para uma segunda-feira estressante, quase improdutiva, às 20:00h, cansada e já sem humor algum] e disse: - desculpe moça, desculpe por fazê-la esperar. Não sei mexer direito com isso, geralmente eu me enrolo. Me desculpe a falta de jeito com a máquina...Fiquei menor que um grão de mostrada... Mas aquele sorriso quebrantou toda a minha impaciência e como se fôra um pedido de desculpas [e era, embora eu nao tivesse articulado], devolvi-lhe o meu mais belo sorriso e me senti a maior monga da noite.... Vô-te!
Boca.

18 fevereiro 2006

Pessoas que eu não entendo

Ecléticos: gente que gosta de tudo acaba mesmo é não gostando de merda nenhuma. Mas tá na moda, fazer o quê?

Mariana chamou e eu vim...

Não sei o que fiz pra merecer, mas o chamamento de Mariana para fazer parte do seu "Sórdidas S.A." encheu-me de alegria e contentamento.
Aqui estou, o que, quando e como escreverei não sei. Mas vim. Espero estar à altura do espaço e da fé em mim depositada.
Beijos pra quem vem, pra quem virá e "pra quem estiver nos assistindo".
Boca...

Mudanças

Tentando transformar esse espaço numa S.A. de fato. Em breve mais bonitinhas, diferentes e interessantes.

15 fevereiro 2006

*****

* Eu realmente me impressiono com a dignidade e a resignação com que os idosos enfrentam a morte. Sempre mantém a postura, a serenidade, mesmo sabendo que podem ser o próximo a estar ali.

* Banhos de chuva costumam purificar a alma, mesmo quando você não a tem.

* Saudade não mata, mas aleija.

09 fevereiro 2006

A guarda, o anjo

E eu permaneci ali, observando as lágrimas caírem daqueles olhos verdes. Ocorreu-me a idéia de abraçá-lo, confortá-lo, mas não consegui ao menos me aproximar - lidar com a sensibilidade alheia implicaria em lidar com a minha própria. E não, não estava preparada para isso. Mas por um momento, as lágrimas foram como um sopro de vida suficiente para despertar algo adormecido, mas não para movê-lo. Por um momento, os papéis se inverteram: o protegido guardou o protetor.

Pessoas que não entendo

Abstêmios: tá, todo mundo tem direito de não gostar/fazer algo, mas encher o saco de outro que gosta/faz já é passar um pouco dos limites.
Bem, o último post foi um lapso. Enfim...

07 fevereiro 2006

Plágio*

Amores vêm,
Amores vão,
Amores vãos...


* já li isso em algum lugar, tenho quase certeza, mas como a memória nunca ajuda não custa nada avisar aos desatentos...

01 fevereiro 2006

A vingança do cabelo

Meu cabelo estava lindo, é verdade. Mas como eu estava com inveja, decidi cortá-lo. E misteriosamente aquele corte que era pra ser moderninho se tornou algo disforme, espetado, sem chance de parar, alisar ou qualquer coisa do tipo. Preciso de uma peruca black power já!