25 fevereiro 2006

Ressaca

Toda vez em que acordo de ressaca juro que é a última vez. Há muito não bebia, no máximo fazia figuração com o copo, mas nessa noite tive aquela sensação muito boa de estar liberta. A cerveja realmente desceu como se fosse água, estava feliz, a companhia era pra lá de bacana - amigos muito queridos, o som e o ambiente perfeitos como coadjuvantes. Mais uma noite divertida pro rol.
Já a manhã seguinte... os olhos inchados, a boca amarga, o corpo dolorido pela má posição na cama, a sede insaciável. Não havia mais nenhuma liberdade, nenhuma espécia de sensação boa, só ela triunfando junto com o meu mau humor e sono. Me lembro de ter me arrastado da cama até o banheiro onde olhei no espelho e vi um rosto com expressão disforme, que não era a normal. Era a felicidade envelhecida, ressequida, amarga. Dei um sorriso cúmplice para aquela imagem e voltei pra cama. Apaguei.

Um comentário:

  1. Ainda bem que já me habituei a isso. Não estranho mais minha cara feia no espelho. (Aliás, nem preciso estar de ressaca para achá-la feia, Hohoo)

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