10 setembro 2009

Andar na montanha russa

Sou uma pessoa com o espírito incrivelmente livre e como consequência disso, um tanto aventureira (paro por aqui para um adendo: aventureira NÃO é sinônimo de puta - embora o lado vulcão porra-louca, sou caretésima, faço sexo por amor, aprecio um romance básico, gosto de flores e me apaixono perdida e monogamicamente). Mas, como todo ser passional e livre, tendo a me jogar onde acho que vai ter adrenalina - sou viciada em viver, sentir, me emocionar. Encaro cada pessoa como uma sensação nova a ser descoberta, provada - e vou fundo.
A questão é - sou assim. Na verdade, eu queria mesmo era ser um pouco mais o vulcão que a ala masculina geralmente pensa que sou(descobri recentemente que a ala feminina também pensa da mesma maneira, para o meu desespero). O que nem todo mundo sabe, talvez só os mais próximos, é que tenho cuidado em lidar com as pessoas, sou extremamente responsável por todo tipo de sentimento que cativo(seja uma paixão avassaladora ou um odiozinho básico ou qualquer outra coisa que envolva mais um), e me recuso expressamente a ser vítima em qualquer situação(aliás, acho que se fazer de vítima das pessoas/circunstâncias é uma fraqueza moral quase imperdoável). E é aí que entra o ponto: ultimamente tenho achado incrível a falta de responsabilidade alheia no trato com o sentimento dos outros. As pessoas tentam se relacionar sendo omissas, mentindo e expondo os outros a situações desncessárias. Sem dar ao outro ao menos o direito de escolha, de a pessoa saber ou não se quer andar na montanha russa. E eu realmente acho isso uma falta de senso do caralho, pra não dizer que também não deixa de ser uma falha de caráter. Ou, muito pior, as pessoas simplesmente se jogam sem pensar em nada e depois se fazem de vítimas de uma situação que elas mesmas criaram.
E observando e vivenciando esse tipo de coisa(quero me blindar com as roupas de Jorge), além da revolta básica que me faz ter vontade de esganar alguém, eu só consigo pensar "Para essa porra, que eu quero descer!". E bate um desânimo generalizado em relação aos seres humanos. E ao mesmo tempo, isso me dá ânimo, porque como boa aventureira(e pessoa doentiamente otimista) que sou, sempre há sensações novas a serem descobertas. E sempre haverão sensações verdadeiras, mesmo que elas estejam escondidas no pote no final do arco-íris.
É, é isso. Precisava falar.

Um comentário:

  1. Eu não vou comentar sobre o post em si, porque ele já se anuncia (e enuncia e denuncia), e é suficiente. Mas também não posso deixar de relevar o quanto eu lhe admiro, embora isso também seja lugar-comum; não posso deixar de dizer o quanto a maturidade para tão poucos anos é uma das grandes belezas do seu caráter, jeito ou o que quer que se diga sobre isso; sobretudo, porque eu como uma "mais um", sei o quanto és cuidadosa com os que lhe cercam e são necesários e significativos para ti; e a despeito dos que não te conhecem e pensam mil coisas, ah, é um grandissíssimo problema deles, e na pior das hipóteses, passamos a saber que eles/elas pensam, afinal, mostraram que não tem uma ervilha no lugar da massa encefálica, mas uma azeitona, grande avanço...
    Lindo! Linda! Flor, como tudo que escreves, porque lhe traz do fundo de si mesma sem nenhum temor em se expor.
    Perdoa por ontem, o msn desconectou, nem me dei conta, de tão entretida que fiquei, postando o texto, desculpa?
    Um dia lindo como só soem ser os dias de pessoas lindas como tu!
    Mil beijinhos...

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