No começo a brincadeira era interessante, ele ficava lá, parado, olhar fixo em um lugar que eu nunca consegui identificar, alheio a tudo e todos. Eu olhava insistentemente pra ele, tentando imaginar o que ele fazia, o que pensava e o principal: ficava esperando ele me notar ali naquele meio, o que demorou pra acontecer. Quando aconteceu foi estranho, passei a ser o ponto para onde ele olhava, curioso. O olhar de cobiça veio depois de um dia em que eu sorri pra ele, num gesto de puro atrevimento.
O ritual se estendeu por um tempo e já conseguíamos identificar os olhares, os gestos... até que um dia ele abriu um sorriso largo e me cumprimentou. Nunca mais tive coragem de observá-lo.
Caramba! Quando enfim caminhavam ao 'It's showtime!', vc cerrou as cortinas?
ResponderExcluirBah.
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É culpa da nossa maldita mania de idealizar tudo. Podes´crê, se me perguntam: descreva aquela flor, ao invés de me basear só na observação: "É uma rosa vermelha", acabo acrescentando algumas coisas mais: "É uma rosa vermelha, de perfume exótico, que remete um país tropical e noites de lua cheia". Pode?!
ResponderExcluirBeijinho!
Ixi...Se vc quiser, te empresto meus olhos, pro ritual de es(x)piação recomeçar... Quer? Ou então se servir, a Boca, pra vc rir de novo pro mancebo... Aposto como ele virou uma árvore... Deve estar ainda lá, plantado, no mesmo lugar esperando teus olhares e teus sorrisos...Num tá não?
ResponderExcluirSmack!