- Cadê a negra?
- Ainda não chegou...
A campainha tocou. Lá estava ela, com aquele andar estranho de sempre, parecia que ia cair do salto.
- Oi, tava sem chave...
- Vim correndo, ele não ouviu.
- Tá dormindo já?
- Não, estava esperando você chegar.
- Vou lá falar com ele.
Foi até o quarto, onde ele estava sentado vendo tv.
- Oi, general!
- Oi, preta, tudo bem?
- Jóia. Só vendo jogo, hein?
- É...
Ela saiu do quarto pensativa. Um dia chegaria em casa e ele não estaria mais lá esperando por ela. Ficou triste, mas a vida seguiu seu rumo. Decidiu aproveitar as esperas que restam.
Muito legal este pequeno conto.
ResponderExcluirEsperar, desesperar...Uma escritora que conheci publicou em seu livro o seguinte epigrama:
ResponderExcluirERRO
Olhar a noite de ontem pondo outra no amanhã: só Hoje é Dia!
(Maria Helena Carneiro Catunda)
Eu acho que não sou uma boa "esperante", sabe?
Beijos, moça. Adorei teu espaço.;-)
"Aproveitar as esperas que restam"... Parece algo triste, lido às pressas... Mas são as esperas que construímos, são as esperas possíveis de termos, ou ainda, são talvez as únicas que podemos ter... E a vida é essa espera... SEM ANTECIPAR AS COUSAS, né Maricotinha?? Ficou bacana que só esse textículo... Ah! O blog tb tá de visual novo, não tá não? Tá assim 'clean', tá bem lindão tudo aqui...
ResponderExcluirSmack!