Segunda boa é segunda que começa com tudo fodendo a vida da gente, fala sério. E eu bela, esparramada na cama com meu gato e meio dormindo quando ouço: "Chama a Mariana pra almoçar, ela já tá atrasadaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa! Já são onze horas!", e respondo ainda dormente: "Já tou acordadaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa! Já tou indo!" E penso: puta que o pariu, é hoje. Um monte de zica pra resolver e já tou atrasada.
Levantei, tomei café (meu estômago aguenta cerveja no café da manhã, mas comida, nem a pau...) e fui me tornar uma mulher razoavelmente apresentável. Aí ouço uma voz diferente conversando com meu pai... legal, visita... (Pausa para explicar que sou uma pessoa ranzinza, odeio visitas na hora do almoço, principalmente quando não avisam. E já diziam os antigos que horário de almoço não é hora de ir na casa dos outros, principalmente sem avisar. Não é negar comida nem nenhuma tosquice do tipo, é só uma questão de formalidade, educação e vamo lá, né? É melhor avisar do que chegar do nada e comer arroz e ovo... hahahaha).
Mas enfim, o cara estava lá: um rapaz magro, alto, loiro, cabelos compridos, desgrenhados e grisalhos, olhos muito azuis, pele branca maltratada de sol. Parente distante dessa pessoa multiétnica que escreve aqui; pelo menos, temos o mesmo sobrenome. Vive andando a pé pelo Brasil a procura de outros iguais espalhados por aí. Caiu de pára-quedas aqui há uns 4 anos e desde então sempre passa por aqui pra contar suas histórias, recitar poemas na hora do almoço e ouvir histórias do meu pai. Particularmente, acho que ele é um ser totalmente alheio ao mundo: olhar parado, distante, uns papos desconexos sobre utopias - o moço uma vez me disse que sonhava em ir a Cuba para ver como as coisas funcionam por lá, pois acreditava que o socialismo/comunismo/qualqueroutroismo era o regime ideal para o mundo todo -, fã de Roy Orbison e Elvis, livre de vícios. Uma figura um tanto quixotesca, por assim dizer, mas uma boa pessoa. Conversava animadamente com o pápis, contando suas últimas andanças quando o cumprimentei e fui até a cozinha conversar com a mamis(péssima idéia).
Eis que na cozinha, pergunto das moedas que estavam no bolso da minha calça(precisava delas pra comprar cigarro, odeio trocar 50 pilas) e me deparo com um ser que não era a mamis. Parecia mais uma dessas possuídas de filmes de terror:
"Eu peguei suas moedas sim, mas você tem dinheiro!"
"Mas o que você tem que ir mexer nas minhas coisas?"
"Você me deve 20 reais!!"
"Mas eu vou te pagar, que coisa! Quando receber, já tinha dito! Eu só quero as moedas!"
"Mas eu gastei as moedas! E pega esses outros dez reais que peguei lá e vá pra puta que te pariu! (joga o dinheiro longe) E não me enche mais o saco! Você vai ver só, não te empresto mais nenhum tostão!"
(nesse momento eu vi que tinha algo queimando na panela...)
"Mamis, o brocólis queimou..."
"Mas que merda... também, o que é que esse povo tem que vir fazer aqui na hora do almoço? Não tem o que fazer, não?"
"Ué, eu que sei? Faz outra coisa..."
"Fazer o quê? Isso não são horas!"
"Mas, mãe..."
"Que merda!!! Tou de saco desse povo, do seu pai, da sua irmã, de você, de tudooo! De ter que agradar todo mundo! Filhos da puta!"
"Mãe, a visita tá lá em cima!"
"Ah, foda-se a visita! Foda-se você também!"
(bateção de panelas)
"Calma, mamis, faz outra coisa..."
"Eu não vou fazer merda nenhuma!"
(nisso passa a empregada, branca que nem uma cera de medo da possuída)
"Calma, Dona Eliana, vai dar tudo certo, a gente faz outra coisa. Deixa aí que eu faço o almoço pra senhora..."
"Fazer o quê? Eu não vou fazer é nada! Que vá todo mundo comer no inferno!"
(e fica andando pra lá e pra cá de raiva na cozinha)
...
"Bom, eu vou é trabalhar, sabe? Que já tou atrasada... e não esquenta a cabeça..."
"É porque não é você que tem que aguentar todo mundo, né?"
"Ai, mãe, tchau que eu também já tou de saco cheio dessa merda toda. Num faz almoço, num faz merda nenhuma. Eu tou indo..."
(e ela ficou lá, bufando e resmungando)
Subi, me despedi do moço e do papis - ambos com cara de paisagem, não tinham ouvido a gritaria lá embaixo das duas descontroladas. E eu fui trabalhar a pé (de tanta raiva, achei que subir a ladeira me faria bem), com uma blusa só (tá um frio descomunal aqui mas tava sentindo calor), troquei 50 mangos pra comprar cigarro e fui bufando. Cheguei no topo da ladeira sem ar, resmungando pela rua, amaldiçoando o diabo a quatro... desci até a prefeitura atrasada como sempre. Quando bati o ponto, pensei "agora é a hora que vai começar a terminar de foder, só vai vir pepino pra resolver hoje... deus me dê paciência...". Mas o dia no serviço foi tranqüilo, fui me acalmando conforme ia conversando e passei a tarde dando risada pro mundo e do mundo. Vim embora tremendo de frio(gente burra tem que pastar) e a pé... mas já tava feliz e contente.
Em casa de novo... mamis abre o portão. Sim, a mamis, porque o ser que tinha possuído o corpo dela já tinha saído (alguém deve ter cantado pra subir...). Fomos tomar café juntas, como fazemos todas as tardes e minha tia também estava aqui. E entre gargalhadas, comentamos o ocorrido na parte da manhã, desfizemos a confusão por causa das moedas(eu só queria as moedas, nada mais), acertamos um outro assunto e falamos do parentinho. E rimos muito, porque as coisas são assim mesmo. Tem dias que a gente acorda e não sabe porque, mas quer que o mundo se foda. Mas aí, a gente briga, diz o que sente e tudo se resolve. E no final das contas, dá risada de tudo isso. Inclusive da filha monga que passou frio e da mãe descontrolada com panelas. E de moedas.
*Notinha linda de rodapé: quem tem mãe, tem. Não importa onde, como e porquê. Não importa os descontroles, as moedas e todo o resto. São os melhores seres de amor incondicional. São o dom do amor maior. Eu invejo as mães, notem bem, aquelas que têm o dom, porque parir qualquer uma faz. Foda mesmo é querer matar a própria filha e no final da tarde já ter esquecido, sentar-se, conversar, rir e compreender. Eu amo minha mãe. Muito. Amo minha mãe dois também. E acho tudo de lindo as amigas que são mães. E é isso.
30 julho 2007
26 julho 2007
Nota rápida
Nunca consegui escrever sobre os homens que amo, amava, amei e amarei enquanto apaixonada pelos mesmos. Mas sempre há uma exceção, né? Pronto. Já-já, programação normal.
23 julho 2007
Murphy
E numa segunda-feira brava... eis que acordo sem voz, com o nariz entupido e rosto inchado. Me parece que o corpo aqui entrou em greve. De novo. Bah...
20 julho 2007
Dos dias em que eu faço um terno na quina...
Bom, quem me conhece sabe que eu não jogo absolutamente nada valendo dinheiro. Uma que eu acho desperdício de dinheiro em caso de loterias e em jogatina de baralho não tenho espírito esportivo nem na brincadeira, que dirá valendo - prefiro gastar com outras coisas, tipo birita. Mas ultimamente eu ando virada pra lua tanto na sorte quanto no amor (aquela velha baboseira de sorte no jogo, azar no amor não tá valendo - ai, Benicio...)... há menos de um mês ganhei um edredom de casal e um mês de alongamento numa academia em um bingo beneficente (tinha comprado o convite pra fazer companhia pra mamis e ia ter comes e bebes na faixa... hahaha).
E hoje, eis que estava moscando no estágio, quando a Érica me surge com um volante da Quina: "Aí, Mari, faz um... quem sabe não ficamos milionárias hoje?", "Se ficar milionária, vamos pro Caribe, nêga!". E fiz dois jogos, naquele espírito de um real perdido... e beleza, o dia no trampo correu na boa.
A noite, conversando com o pós-adolescente preferido, me deu um surto de ir conferir o tal volante... "Aê, vou entrar no site da Caixa, fiz jogo na Quina. Torce aí... tou estressada, você também. Se ganhar vamos os dois nos perder nalgum paraíso tropical com escravos coloridos e biritas coloridas...". Sete da noite, nada de resultado... e falando pra uma outra amiga torcer, que se ficasse rica, iríamos pro Caribe com escravos coloridos vestidos em trajes sumários e biritas coloridas...
Lá pelas 9 e pouco da noite... minha mãe vem com um bilhete de Loteria Federal... "Filha, confere pra mim...". E entrei.... e bem, fui conferir a tal da Quina e... SURPRESAAA! Fiz um terno com 27 (número da sorte), 44 e 74. E ganhei a exata fortuna de R$55,63! Não dá pra ir parar em algum paraíso tropical, mas pelo menos garante algumas biritas coloridas... Adooooooroooooo!
E infelizmente, não dá pra ir pro Caribe ainda. Nas minhas contas... se ganhar uma fortuna em loteria, fico pobre só de pagar as passagens pro Caribe que prometi... são pelo menos umas 20 pessoas que vão pro Caribe morar comigo na pensão da beira da praia com escravos coloridos e biritas coloridas. Mas o negócio é ir torcendo... que todo milhão começa com um real!
No mais, sorte pra todo mundo e muito amor também! Que a zica da semana finalmente passou...
19 julho 2007
Animus mofandi, marrecos do Estínfale e outras coisas curiosas...
Meu sumiço por aqui se deve ao animus ali de cima e do extremo mau-humor que acomete o meu ser por esses dias. Antes que alguém pergunte, não é TPM... é só vontade de mandar tudo pro inferno e ir viver num lugar onde ninguém me conheça(no Caribe com escravos coloridos servindo drinques coloridos e vestidos em trajes sumários é o ideal). Mas como a vida não é uma casa de bonecas, vamos levando por aqui mesmo, estagiando, tentando não mofar muito, conversando e sorrindo feliz e contente. Libere a Poliana que existe em você e seja feliz!
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Mudando de assunto, esse final de semana eu quase atropelei um marreco! Explico: eu e a mamis fomos passear num pedalinho em Águas de Lindóia, e pô, o volante daquilo não extersa... o resultado disso é que não consegui manobrar no lago e fui parar num banco de areia no meio dele, de frente para um marreco nada amigável. Ele em vez de ser discreto, começou a gritar comigo... eu tenho medo de marrecos, gente! Demos um jeito de acelerar e sair dali antes que o marreco assassino pulasse em mim... e ele era enorme e tinha penas afiadas de bronze! O marreco sanguinário... nunca mais ando em pedalinho de lago que tiver marrecos ou aves parecidas...
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Ultimamente eu ando naquela triste em fase em que só vejo a turma reunida pra festa de filhos de amigos e de noivados. Às vezes eu acho que estou ficando velha, ou o povo anda se amarrando muito cedo, mas no final das contas é divertido ver a felicidade do compromisso. Porque em dias de relacionamento relâmpago, noivar é algo raro; pelo menos nos casos em que você sabe que o compromisso é real. Acho válido. E felicidades aos noivos!
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Sempre me surpreendo com crianças. Hoje a filha de um dos meus chefes, de mais ou menos 4 anos, ficou olhando pro meu rosto e de repente apontou pro meu nariz com curiosidade: "Tia, você tem um brinco no nariz?", "É, eu tenho sim.", "Foi você que fez?", "Não, foi um moço que fez pra mim...", "E sai?", "Sai, mas dói, então não dá pra tirar..", "Ah... mas tia, por que você tem um brinco no nariz?", "Porque eu acho bonito."... e ela ficou me olhando com carinha de interrogação; acho que pensava que alguns adultos são malucos. Mas achei engraçada a curiosidade, fiquei rindo sozinha depois.
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Já dizia o Renato Russo que quando o amor é verdadeiro, não existe sofrimento. Eu discordo, pelo menos no meu caso; sempre me sinto a mais miserável das pessoas... e nem preciso amar tanto assim. Mas acho válido.
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E ainda nessa de amor, fica a questão: porque às vezes duas pessoas que têm tudo pra dar certo, se gostam e todo o resto, simplesmente não conseguem fazer uma relação funcionar e fluir?
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Smashing Pumpkins vicia.
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Mudando de assunto, esse final de semana eu quase atropelei um marreco! Explico: eu e a mamis fomos passear num pedalinho em Águas de Lindóia, e pô, o volante daquilo não extersa... o resultado disso é que não consegui manobrar no lago e fui parar num banco de areia no meio dele, de frente para um marreco nada amigável. Ele em vez de ser discreto, começou a gritar comigo... eu tenho medo de marrecos, gente! Demos um jeito de acelerar e sair dali antes que o marreco assassino pulasse em mim... e ele era enorme e tinha penas afiadas de bronze! O marreco sanguinário... nunca mais ando em pedalinho de lago que tiver marrecos ou aves parecidas...
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Ultimamente eu ando naquela triste em fase em que só vejo a turma reunida pra festa de filhos de amigos e de noivados. Às vezes eu acho que estou ficando velha, ou o povo anda se amarrando muito cedo, mas no final das contas é divertido ver a felicidade do compromisso. Porque em dias de relacionamento relâmpago, noivar é algo raro; pelo menos nos casos em que você sabe que o compromisso é real. Acho válido. E felicidades aos noivos!
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Sempre me surpreendo com crianças. Hoje a filha de um dos meus chefes, de mais ou menos 4 anos, ficou olhando pro meu rosto e de repente apontou pro meu nariz com curiosidade: "Tia, você tem um brinco no nariz?", "É, eu tenho sim.", "Foi você que fez?", "Não, foi um moço que fez pra mim...", "E sai?", "Sai, mas dói, então não dá pra tirar..", "Ah... mas tia, por que você tem um brinco no nariz?", "Porque eu acho bonito."... e ela ficou me olhando com carinha de interrogação; acho que pensava que alguns adultos são malucos. Mas achei engraçada a curiosidade, fiquei rindo sozinha depois.
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Já dizia o Renato Russo que quando o amor é verdadeiro, não existe sofrimento. Eu discordo, pelo menos no meu caso; sempre me sinto a mais miserável das pessoas... e nem preciso amar tanto assim. Mas acho válido.
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E ainda nessa de amor, fica a questão: porque às vezes duas pessoas que têm tudo pra dar certo, se gostam e todo o resto, simplesmente não conseguem fazer uma relação funcionar e fluir?
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Smashing Pumpkins vicia.
11 julho 2007
Depressão pós feriado!
E gente, depois de praticamente 5 dias ininterruptos de vida mundana de festas, álcool e meninos bonitos, eis que sobrevivi! Inteira e indo trabalhar de óculos escuros, porque vista de ressaca é sensível.
Antes de mais nada... tenho uma coisa a esclarecer... foi publicado aqui que eu sou uma má companhia e que embebedo as pessoas. Calúninjuriadifamação, genteeee! Eu não faço nada disso. Eu somente dou conselhos úteis, oras! Eu falei pras meninas se jogarem, não pra elas mergulharem de cabeça. É claro que sempre há um diabinho atrás de tudo que eu digo, mas... eu sou uma santa! E geeeente... se jogueeeeemmm!
Ainda sobre o feriado mais eclético de todos os tempos: quinta baladinha pop-rock, garoto amnésia e o povo sijogando; sexta reuniãozinha com amigos queridos pra pizza e coca em casa; sábado balada mesmo, com participação especial do Benicio del Toro(eu pediria ele em casamento); domingo showzinho furreca do Batom na Cueca, lado groupie e a frase do mês: "Dança, mulher!"(eu e a minha capacidade sobrenatural de atrair homens estranhos); segundona fechando com cineminha com irmãos, Edson, Hudson, psy e spanish guy fake(ai, se ele me desse bola!). Somando tudo, menos de 20 horas de sono, alguns litros de cerveja, vários cigarros e muuuita diversão. Às vezes eu acho que vou ter 25 anos até os 50, pelo menos. E realmente adoro isso.
E agora que a farra acabou, tou com aquela sensação de vazio... não é ruim, só é vazio. Falta agitação, cor, som. E tem serviço, olheiras, um sono incontrolável... se jogar cansa.
E eu estava aqui pensando na vida. E no melhor estilo sórdidas também amam, fiquei pensativa e cheia de dúvidas. Pensando aqui se me jogo do precipício ou se finjo que ele realmente não existe. Sempre chega uma hora em que a gente precisa tomar alguma atitude, mas é tão mais fácil dar palpite na vida alheia... na verdade, é tão mais fácil não gostar de ninguém. Já dizia um amigo muito querido que tudo que envolve dois é uma merda. E a cada dia que passa creio mais nisso. Vou conversar seriamente com o Toninho.
E por hoje é só, pessoas.
Antes de mais nada... tenho uma coisa a esclarecer... foi publicado aqui que eu sou uma má companhia e que embebedo as pessoas. Calúninjuriadifamação, genteeee! Eu não faço nada disso. Eu somente dou conselhos úteis, oras! Eu falei pras meninas se jogarem, não pra elas mergulharem de cabeça. É claro que sempre há um diabinho atrás de tudo que eu digo, mas... eu sou uma santa! E geeeente... se jogueeeeemmm!
Ainda sobre o feriado mais eclético de todos os tempos: quinta baladinha pop-rock, garoto amnésia e o povo sijogando; sexta reuniãozinha com amigos queridos pra pizza e coca em casa; sábado balada mesmo, com participação especial do Benicio del Toro(eu pediria ele em casamento); domingo showzinho furreca do Batom na Cueca, lado groupie e a frase do mês: "Dança, mulher!"(eu e a minha capacidade sobrenatural de atrair homens estranhos); segundona fechando com cineminha com irmãos, Edson, Hudson, psy e spanish guy fake(ai, se ele me desse bola!). Somando tudo, menos de 20 horas de sono, alguns litros de cerveja, vários cigarros e muuuita diversão. Às vezes eu acho que vou ter 25 anos até os 50, pelo menos. E realmente adoro isso.
E agora que a farra acabou, tou com aquela sensação de vazio... não é ruim, só é vazio. Falta agitação, cor, som. E tem serviço, olheiras, um sono incontrolável... se jogar cansa.
E eu estava aqui pensando na vida. E no melhor estilo sórdidas também amam, fiquei pensativa e cheia de dúvidas. Pensando aqui se me jogo do precipício ou se finjo que ele realmente não existe. Sempre chega uma hora em que a gente precisa tomar alguma atitude, mas é tão mais fácil dar palpite na vida alheia... na verdade, é tão mais fácil não gostar de ninguém. Já dizia um amigo muito querido que tudo que envolve dois é uma merda. E a cada dia que passa creio mais nisso. Vou conversar seriamente com o Toninho.
E por hoje é só, pessoas.
08 julho 2007
05 julho 2007
04 julho 2007
Cotidiano
E todo dia ela faz tudo sempre igual, me sacode às 6 horas da manhã...
...ninguém me sorri um sorriso pontual, ou seja, a vida não tem sentido. Ok, ok. Vamos parar de palhaçar, que isso aqui é um blog de gente séria.
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Ando com aquela sensação estranha de que algo vai acontecer, só não sei direito o que é que vai acontecer. Também, se soubesse, largaria tudo e montaria uma tendinha na porta de casa. Mari Dinah lê o seu futuro por um precinho módico. E é claro que por um precinho módico, seu futuro também será módico.
Mas enfim, algo vai acontecer. E eu não estou com mania de perseguição. E vai ser uma coisa boa. Good vibes. Depois de ganhar um edredon no bingo e um mês de hidroginástica no sorteio do mesmo bingo tudo pode acontecer...
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Sábado saí pra curtir e dançar, coisa que há muito não fazia. Pelo menos a parte de dançar, já que eu sou dura como uma pedra paralítica quando o assunto é malemolência nos quadris. E foi bom. De vez em quando é bom se libertar (dançar é libertador). E deixa que digam, que pensem, que falem... mas dessa vez eu juro que não dancei Glamurosa, rainha do funk...
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E a cada dia que passa, menos entendo os homens. Como boa masoquista que sou, vou continuar amando-os incondicionalmente. Vou homenageá-los em prosa e verso. Em declarações malucas. Vou sofrer de paixões arrebatadoras por todos eles. Os melhores confidentes, conversas, conselhos, ombros, amantes e ouvidos. O melhor humor. O maior amor. É.
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Em Popeland, blue sky, férias e feriado chegando. Pagamentoooo! Adoro. E o estágio comendo o resto da minha massa encefálica. Às vezes imagino um ser verde e disforme sentado em frente ao computador que uso na minha sala lá no estágio. E um belo dia eu chego pra trabalhar e ele lá sentado, com uma tigela e colher na mão. Vou olhar e surpresa! Ele está comendo o meu cerébro com sucrilhos e leite.
Nem é tanto serviço assim, mas é muita informação. E eu sou uma pessoa em slow motion cerebral constante. Mas fazendo a minha versão rave de Madagascar: eu me divirto muito, eu me divirto muito... eu me diviiiirto! muuuiiiitoo! Não tem um santo dia que não aconteça alguma coisa divertida ou tosca. É incrível. E como lidar com gente não é algo constante, tem dias que dá vontade de se jogar pela janela. Aí, como diz um amigo: Se joga, loka!
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Eu tou pensando, só pensando, que eu podia colocar a minha vida literária em dia. Eu ando muito boçal ultimamente. Quase naquele estágio em que o umbigo fica maior que o cerébro. E isso é um tanto quanto triste. Aceito sugestões de leitura das mais variadas. Menaz arto-ajuda, que na boa, no dia em que começar a ler essas coisas vai ser "Se joga, loka!", só que da ponte, de verdade.
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Falando em ponte, há uma linha muito tênue que separa saudade de sarna pra se coçar. Anotem isso pra posteridade...
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E por hoje é só.
...ninguém me sorri um sorriso pontual, ou seja, a vida não tem sentido. Ok, ok. Vamos parar de palhaçar, que isso aqui é um blog de gente séria.
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Ando com aquela sensação estranha de que algo vai acontecer, só não sei direito o que é que vai acontecer. Também, se soubesse, largaria tudo e montaria uma tendinha na porta de casa. Mari Dinah lê o seu futuro por um precinho módico. E é claro que por um precinho módico, seu futuro também será módico.
Mas enfim, algo vai acontecer. E eu não estou com mania de perseguição. E vai ser uma coisa boa. Good vibes. Depois de ganhar um edredon no bingo e um mês de hidroginástica no sorteio do mesmo bingo tudo pode acontecer...
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Sábado saí pra curtir e dançar, coisa que há muito não fazia. Pelo menos a parte de dançar, já que eu sou dura como uma pedra paralítica quando o assunto é malemolência nos quadris. E foi bom. De vez em quando é bom se libertar (dançar é libertador). E deixa que digam, que pensem, que falem... mas dessa vez eu juro que não dancei Glamurosa, rainha do funk...
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E a cada dia que passa, menos entendo os homens. Como boa masoquista que sou, vou continuar amando-os incondicionalmente. Vou homenageá-los em prosa e verso. Em declarações malucas. Vou sofrer de paixões arrebatadoras por todos eles. Os melhores confidentes, conversas, conselhos, ombros, amantes e ouvidos. O melhor humor. O maior amor. É.
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Em Popeland, blue sky, férias e feriado chegando. Pagamentoooo! Adoro. E o estágio comendo o resto da minha massa encefálica. Às vezes imagino um ser verde e disforme sentado em frente ao computador que uso na minha sala lá no estágio. E um belo dia eu chego pra trabalhar e ele lá sentado, com uma tigela e colher na mão. Vou olhar e surpresa! Ele está comendo o meu cerébro com sucrilhos e leite.
Nem é tanto serviço assim, mas é muita informação. E eu sou uma pessoa em slow motion cerebral constante. Mas fazendo a minha versão rave de Madagascar: eu me divirto muito, eu me divirto muito... eu me diviiiirto! muuuiiiitoo! Não tem um santo dia que não aconteça alguma coisa divertida ou tosca. É incrível. E como lidar com gente não é algo constante, tem dias que dá vontade de se jogar pela janela. Aí, como diz um amigo: Se joga, loka!
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Eu tou pensando, só pensando, que eu podia colocar a minha vida literária em dia. Eu ando muito boçal ultimamente. Quase naquele estágio em que o umbigo fica maior que o cerébro. E isso é um tanto quanto triste. Aceito sugestões de leitura das mais variadas. Menaz arto-ajuda, que na boa, no dia em que começar a ler essas coisas vai ser "Se joga, loka!", só que da ponte, de verdade.
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Falando em ponte, há uma linha muito tênue que separa saudade de sarna pra se coçar. Anotem isso pra posteridade...
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E por hoje é só.
02 julho 2007
Carros e outras coisinhas.
Eu não gosto de lavar carro. Na verdade, eu gostava quando era criança. Lembro de eu e meus irmãos lavando a brasília marrom do pápis nos domingos depois do almoço. Era uma farra, eu sempre ficava ensopada, e como eu era menina e criança... ficava só com a parte gostosa, que era ficar jogando água em tudo, inclusive nos irmãos, em mim mesma e nos desavisados que passavam na rua (pra desespero dos irmãos, que tinham que pedir desculpas pela irmã monguinha). E o tempo passou, e a irmã monguinha aprendeu a dirigir e se transformou na irmã mulher mongona que tem certeza de que, agora que ela não pode ficar mais só com a mangueira fazendo festa na água, lavar carro é uma tarefa essencialmente masculina. Sim, eu topo qualquer parada: pinto parede, uso todo tipo de ferramenta (dia desses consegui usar a furadeira com destreza), até capino quintal se precisar (mulher pega na enxada sim!), mas NÃO lavo carro. Acho uma das coisas mais desnecessárias e chatas da face da terra ter que ficar alisando carro. Fora os mil produtos que você tem que passar... é silicone, limpa vidro, uma parada lá pra passar nos pneus que não sei o nome, cera... affe!, e aspira daqui, aspira dali... aquela droga de carpete do carro pega tudo quanto é sujeira e é um saco de tirar. E estraga as unhas, resseca as mãos...
Enfim, sou muito mais usar meu tempo com outras coisas, mas estou pagando por um erro fatal. Explico: quando compramos o atual marimóvel, eu cismei que queria um carro preto porque sempre achei estiloso e não-sei-mais-o-quê; na hora, meu pai disse que eu ia me arrepender, que era melhor um prata. Compramos um preto. Dois meses depois eu descobri o que ele quis dizer: como carro preto suja, gente! Em duas semanas ele fica marrom de poeira, um inferno. O prata você passa 2 meses sem lavar e nada, tá lindo. Os arranhões também nem aparecem, já no carro preto... sem comentários. E o pápis tem uma filosofia muito boa: você usa, você lava. E aí eu penso em mandar o carro pra lavar no posto, mas no momento seguinte, bom, a grana que eu pago pra lavar, é muito mais útil pra gastar em birita. E lá vou eu, linda e feliz com o kit lavagem, amaldiçoando a escolha infeliz do lata-móvel preto. E sempre tem uns infelizes que ficam observando, ou algum conhecido que passa e faz uma piadinha infeliz do tipo "Vou trazer o meu pra você lavar!", "Tá cobrando quanto pra lavar o meu?". Dá vontade de apontar o esguicho e dar um banho na pessoa (é, eu não sou uma pessoa muito bem-humorada enquanto lavo o carro, embore cante como uma retardada).
Depois de horas, ele tá lá, lindo, limpo, cheirosinho. E eu morta de cansada, com as unhas horríveis. Aí é a hora de eu passar no lava-rápido. Unha, cabelo, hidratante, limpeza de pele e todo o resto do ritual de menina. É nessa hora que eu fico andando de roupão pela casa com uma máscara verde no rosto, touca no cabelo e cigarro aceso (porque o ideal é ficar com o rosto tranqüilo durante a máscara). E é nessa hora andando pela casa que meu pai sempre pergunta: "Filha, vai sair?", "Vou sim, pai. Tou bonitinha?", "Tá linda com essa cara verde!", e me olha com aquele olhar de pai que não entende o porquê de toda essa parafernália no rosto e no cabelo.
E depois de mais umas horas... o ritual de ligar pro povo pra saber onde é que vai ser o agito. Mais uma vez, meu pai com participação especial da minha mãe, não entendem porque é que todo mundo tem que trocar mil telefonemas antes de resolver se vão às 22:00h ou 22:15h pro bar. E depois, dá-lhe nova arrumação... roupa, cabelo, maquiagem... embonecação total. E nos 45 do segundo tempo, meu pai... "Filha, vai sair?", "Vou sim...", "Mas já não tá meio tarde?", "Não, não tem nada pra fazer na rua antes das onze.", "No meu tempo... bom, vê se não chega muito tarde, não beba muito, não beba nada do copo de estranhos e não deixe o carro em lugar afastado.", "Pode deixar, pai. Vou chegar cedo.", "Cedo, é, cinco horas é cedo mesmo.", "Ok, não vou chegar muito tarde. Vou indo. Tchau...", "Tchau, filha."
Todo esse trabalho pra passar umas horas na rua, voltar alegrinha pra casa e acordar de ressaca no outro dia. Essa vida é mesmo um tanto estranha. Mas meu pai é lindo e sempre sabe das coisas. E sempre acorda quando eu chego. Há coisas que a gente não explica nessa vida...
Enfim, sou muito mais usar meu tempo com outras coisas, mas estou pagando por um erro fatal. Explico: quando compramos o atual marimóvel, eu cismei que queria um carro preto porque sempre achei estiloso e não-sei-mais-o-quê; na hora, meu pai disse que eu ia me arrepender, que era melhor um prata. Compramos um preto. Dois meses depois eu descobri o que ele quis dizer: como carro preto suja, gente! Em duas semanas ele fica marrom de poeira, um inferno. O prata você passa 2 meses sem lavar e nada, tá lindo. Os arranhões também nem aparecem, já no carro preto... sem comentários. E o pápis tem uma filosofia muito boa: você usa, você lava. E aí eu penso em mandar o carro pra lavar no posto, mas no momento seguinte, bom, a grana que eu pago pra lavar, é muito mais útil pra gastar em birita. E lá vou eu, linda e feliz com o kit lavagem, amaldiçoando a escolha infeliz do lata-móvel preto. E sempre tem uns infelizes que ficam observando, ou algum conhecido que passa e faz uma piadinha infeliz do tipo "Vou trazer o meu pra você lavar!", "Tá cobrando quanto pra lavar o meu?". Dá vontade de apontar o esguicho e dar um banho na pessoa (é, eu não sou uma pessoa muito bem-humorada enquanto lavo o carro, embore cante como uma retardada).
Depois de horas, ele tá lá, lindo, limpo, cheirosinho. E eu morta de cansada, com as unhas horríveis. Aí é a hora de eu passar no lava-rápido. Unha, cabelo, hidratante, limpeza de pele e todo o resto do ritual de menina. É nessa hora que eu fico andando de roupão pela casa com uma máscara verde no rosto, touca no cabelo e cigarro aceso (porque o ideal é ficar com o rosto tranqüilo durante a máscara). E é nessa hora andando pela casa que meu pai sempre pergunta: "Filha, vai sair?", "Vou sim, pai. Tou bonitinha?", "Tá linda com essa cara verde!", e me olha com aquele olhar de pai que não entende o porquê de toda essa parafernália no rosto e no cabelo.
E depois de mais umas horas... o ritual de ligar pro povo pra saber onde é que vai ser o agito. Mais uma vez, meu pai com participação especial da minha mãe, não entendem porque é que todo mundo tem que trocar mil telefonemas antes de resolver se vão às 22:00h ou 22:15h pro bar. E depois, dá-lhe nova arrumação... roupa, cabelo, maquiagem... embonecação total. E nos 45 do segundo tempo, meu pai... "Filha, vai sair?", "Vou sim...", "Mas já não tá meio tarde?", "Não, não tem nada pra fazer na rua antes das onze.", "No meu tempo... bom, vê se não chega muito tarde, não beba muito, não beba nada do copo de estranhos e não deixe o carro em lugar afastado.", "Pode deixar, pai. Vou chegar cedo.", "Cedo, é, cinco horas é cedo mesmo.", "Ok, não vou chegar muito tarde. Vou indo. Tchau...", "Tchau, filha."
Todo esse trabalho pra passar umas horas na rua, voltar alegrinha pra casa e acordar de ressaca no outro dia. Essa vida é mesmo um tanto estranha. Mas meu pai é lindo e sempre sabe das coisas. E sempre acorda quando eu chego. Há coisas que a gente não explica nessa vida...
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