22 fevereiro 2007

Carnaval, futebol, boxe...

Bom, eu nunca tinha me questionado, até esse carnaval, o porquê de sempre tocarem hinos de clube de futebol nos bailes, na rua e etc. em pleno carnaval. Ritmos novos, funk e tal, tudo bem... mas hinos de clube de futebol? Bem, não obtive resposta. Aliás, nem perguntei, era carnaval. A segunda melhor festa do ano na minha opinião, já que a primeira é a Festa de São Benedito que ocorre aqui todos os anos na semana posterior à Páscoa(em outro momento comento sobre ela). Mas enfim, carnaval é uma maravilha: quatro dias dançando, cantando e bebendo. E feliz. E morta na quarta-feira de cinzas - claro!, ninguém é de ferro.
Mas voltando aos hinos, fiz uma triste constatação. Sou tricolor desde pequena, e bem, costumava ser fanática, de ler o caderno de esportes e tudo mais. Sabia o nome de todos os jogadores da era Telê, do Bi-mundial. Telê, Raí, Muller, Zetti e Leonardo eram meus pastores e naquela época, nada me faltou. Na época eu tinha uns 10-11 anos e era companheiríssima do meu pai pra todas as partidas, pra xingar o juiz e a genitora dele e etc. Mas em algum momento na adolescência, deixei de me interessar tanto por futebol - outros interesses foram surgindo, mas sempre acompanhava mais ou menos os resultados. E bem, no sábado de carnaval, quando começaram a tocar os hinos, estava lá feliz cantando quando descobri que não sei o hino inteiro do ainda tão amado Tricolor Paulista, mas... sei o hino do Palmeiras de cor! Depois que me toquei disso, fiquei puta da vida. Pô, do Parmera?? Ninguém merece. Na hora pensei no meu irmão, o único degenerado da família que ousa torcer pro Porco. E me deu raiva. De mim, dele, de toda a torcida alviverde imponente e etc. E me lembrei de dois ex, palmeirenses também, que provavelmente fariam da minha vida futebolística um inferno, se soubessem disso(que fique claro que não tive ex gambá, porque ex já é uma coisa para se deletar, e gambá, bem, sem comentários... eu não lembro, eu não tive). Depois que a revolta passou, bem, decidi baixar o hino do Tricolor e decorar, pra ver se a vergonha passa. Sim, vergonha. É como não saber o samba enredo da escola do coração no carnaval - Mangueira, no caso. E voltar a assistir jogos de futebol como antes; agora me lembro um dos motivos de ter parado de assistir futebol - eu sou aquele tipo insuportável que grita o tempo todo do jogo na frente da tv. Meu pai geralmente perdia a paciência e mandava eu sair da sala em sinal de protesto aos meus gritos(não é legal ouvir a filhinha gritando "Caralho, rola essa porra dessa bola logo!"). O mesmo acontecia nas lutas de boxe(como eu amava o Tyson...), mas elas eu ia assistir sozinha no quarto e gritava feliz do mesmo jeito; já o futebol... bem, esse não tinha(ainda não tem) graça assistir sozinha - assim como o carnaval. Não há como ir sozinha pra folia. Mas enfim, para tudo há solução. Nem que seja baixar o hino do time e decorar.

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