Caco Galhardo - AMOOO!
E isso realmente é muito a minha cara... acordar deprê e arrumar uns carnezinhos básicos que no começo do mês consomem meus honorários de escraviária. Mas enfim, cada um curte suas deprês do jeito que dá, seja comprando, bebendo, choramingando ou arrumando mais sarna pra se coçar ainda. Já passei inúmeras noites no bar achando que o mundo ia acabar em birita colorida por qualquer motivo tosco e bem, no outro dia... o mundo parecia que acabar em ressaca.
Esse tipo de sistema de compensação é engraçado, independentemente do motivo ser amor, profissão ou qualquer outro chilique existencial, porque na hora tudo fica perfeito: você volta pra casa com várias sacolinhas cheias de coisas fofas, lindas e que na hora lhe parecem super úteis; bebe tudo que tem direito, ri muito (inclusive sem saber do quê), e faz coisas que na hora lhe parecem super legais (beijar um carinha que na hora pareceu lindo). Aí, depois que a euforia passa, você vê que comprou várias coisas que não vão ter a mínima utilidade e que não combinam com nada; o carinha que você beijou na balada e era tudo de fofo... bem, melhor nem comentar. E aí vem o arrependimento e a ressaca moral... você pode até trocar algumas coisas que comprou, mas o carinha... melhor evitar, né? Bate uma deprê diferente, e você provavelmente vai arrumar um jeito de compensá-la com alguma outra coisa, nem que seja comendo um pote de sorvete na frente da tv. E assim as coisas vão indo, sempre trocando uma coisa por outra, errando e acertando aqui e ali. E é engraçado ver como temos medo e tentamos fugir da dor, do vazio a todo custo... e como disfarçamos isso de busca da felicidade - mesmo que ela seja temporária e custe o dobro do seu salário...
*Em tempo: alguém quer uns carnezinhos aí?
Carnê? Só se for do Baú da Felicidade, seu Sílvio.
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